Compartilhar:
Diferentes sistemas de votação dificultam contagem dos votos nos EUA
Criado em 05/11/12 17h08
e atualizado em 05/11/12 17h25
Por Agência Lusa
Chicago, Estados Unidos (Agência Lusa)- Cada um dos 50 estados norte-americanos tem um sistema de votação diferente, motivo pelo qual o tempo de contagem dos votos deve variar substancialmente, afirmou nesta segunda-feira (5) o presidente do Conselho Eleitoral de Chicago, Langdon Neal.
As urnas fecham às 19h locais e, no caso de Chicago, onde os eleitores podem optar pelo voto em cédula ou eletrônico, os primeiros resultados deverão começar a ser divulgados 45 minutos depois.
Leia também:
Obama e Romney enfrentarão votação apertada
Entenda como funciona a votação nos EUA
No final da noite eleitoral, explicou Neal, ambos os totais são automaticamente apurados e fundidos em cada uma das mesas de voto dos 101 condados do Estado do Illinois.
O boletim de voto, que também varia conforme o Estado, e mesmo dentro deles, é longo no caso de Chicago, dadas as muitas escolhas que os eleitores têm de fazer, que vão desde o Presidente até juízes da sua comarca.
Neal, que votou antecipadamente, tal como o Presidente Barack Obama, demorou 10 minutos para preencher o boletim de voto.
A votação eletrônica foi adotada em Chicago, bem como muitos outros estados, depois de falhas no sistema de cartões de voto perfurados em 2000, na contagem de votos que opôs o democrata Al Gore ao republicano George W. Bush.
"A adoção não foi uniforme, em muitos estados e condados o voto ainda é inteiramente manual e a contagem mais demorada", disse."Cada [Estado] tem um sistema diferente. Talvez haja semelhanças, mas imagine o que é isto em 50 estados além do distrito de Columbia”, afirmou o responsável do Conselho Eleitoral de Chicago.
Para o analisa político Paul Green, o sistema é tão complexo que muitos norte-americanos têm dificuldades em perceber o processo a nível nacional. "Há 51 eleições presidenciais, na realidade. Cada Estado e o distrito de Columbia fazem a sua própria eleição", afirmou hoje num ‘briefing’ com jornalistas em Chicago.
Deixe seu comentário