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Hu Jintao defende desenvolvimento pacífico e ampliação das reformas na China
Criado em 08/11/12 15h19
e atualizado em 08/11/12 15h42
Por Portal EBC
Fonte:Agência Lusa
Pequim, 08 nov (Lusa) - O Presidente chinês, Hu Jintao, reafirmou nesta quinta-feira a "inabalável disposição" da China de prosseguir "a via do desenvolvimento pacífico" e uma "política externa independente de paz".
"A China opõe-se ao hegemonismo em todas as suas formas e nunca procurará ser hegemónica ou expansionista", disse Hu Jintao, no relatório apresentado na sessão de abertura do 18.º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCCh), em Pequim.
O Presidente chinês, que completa o seu segundo e último mandato como secretário-geral do PCCh, defendeu "o estabelecimento de um novo tipo de parcerias globais, mais justo e equilibrado" e condenou "o uso da força ou ameaça do seu uso em relações internacionais”.
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Numa aparente referência ao conflito na Síria, em que a China e a Rússia divergem dos Estados Unidos e da União Europeia, Hu Jintao afirmou que a China "opõe-se a qualquer tentativa externa para subverter o governo legítimo de outros países".
Na última década, a China tornou-se o maior exportador do mundo, à frente da Alemanha, e a segunda economia do globo, ultrapassando o Japão, mas "permanecerá um amigo seguro e um parceiro sincero dos países em vias de desenvolvimento".
Presidente chinês defende ampliação das reformas econômicas
O presidente chinês, Hu Jintao, considera fundamental aprofundar as reformas econômicas na China para o país "acelerar o mudança do seu modelo de crescimento" e exortou o partido comunista a assumir "um pensamento inovador".
"Temos de ter firme confiança que podemos vencer a dura batalha para aprofundar a estrutura econômica e acelerar a mudança do modelo de crescimento para aumentar a vitalidade e a completividade da economia da China", disse Hu Jintao no relatório de 46 páginas apresentado na abertura do 18º Congresso do Partido Comunista Chinês (PCC).
Hu Jintao, que é também secretário-geral do PCC, defendeu o "equilíbrio entre o papel do governo e o do mercado", ampliando "a vitalidade do setor estatal", mas encorajando igualmente "o desenvolvimento do setor não-publico".
"Temos de assegurar que as entidades econômicas sob todas as formas de propriedade têm igual acesso a fatores de produção de acordo com a lei e compitam ao mesmo nível, como iguais", afirmou.
Na última década, liderada por Hu Jintao, a China tornou-se a segunda maior economia do mundo, logo a seguir aos Estados Unidos, e o maior exportador do planeta, à frente da Alemanha.
Este ano a economia chinesa deverá crescer abaixo dos 8%, pela primeira vez na última década.
O 18.º Congresso do PCC, que decorre até à próxima quarta-feira, vai escolher a liderança do país para a próxima década.
O atual vice-Presidente, Xi Jinping, deverá substituir Hu Jintao na chefia do partido, iniciando a ascensão ao poder de uma nova geração de líderes, a primeira já nascida depois da fundação da Republica Popular da China, há 63 anos.
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