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Politburo vai definir o futuro político da China

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Partido Comunista Chinês quer mais “democracia interna", mas sem abdicar do poder

Criado em 12/11/12 09h12 e atualizado em 12/11/12 12h57
Por Agência Lusa

Politburo
Politburo vai definir o futuro político da China (Télam)

Pequim, 12 nov (Lusa) - O Partido Comunista Chinês (PCCh) quer promover a "democracia interna", permitindo, por exemplo, que a lista de candidatos ao Comitê Central seja maior que o número de lugares, mas não pretende abdicar do seu papel dirigente. "O objetivo não é o multipartidarismo. Esse sistema político é intolerável num Estado socialista", afirmou o acadêmico Li Chongfu, citado no fim de semana pela agência de notícias oficial Xinhua num comentário sobre as "reformas políticas na China".

No relatório apresentado na abertura do 18º Congresso do PCCh, na quinta-feira passada, o presidente Hu Jintao aponta a "reforma da estrutura política da China" como “uma parte importante do processo global de reformas”.

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"Os direitos democráticos do povo chinês serão mais vastos, mais substantivos e mais efetivos", disse o porta-voz do congresso, Cai Mingzhao.

O congresso, que termina na quarta-feira, vai escolher a liderança do país para a próxima década. O atual vice-presidente, Xi Jinping, deverá substituir Hu Jintao na chefia do partido, iniciando a ascensão ao topo do poder de uma nova geração.

Cai Mingzhao adiantou que os cerca de 270 membros do novo Comitê Central (efetivos e suplentes) "serão eleitos por voto secreto, em eleições competitivas", mas não precisou o número de candidatos.

No congresso anterior, em 2007, havia mais 8,3% de candidatos do que os lugares em disputa, um aumento de 3,2% em relação ao 16º Congresso, cinco anos antes.

"O cerne da reforma da estrutura política é ajudar o Partido a manter o seu estatuto de liderança, ampliar o primado da lei e alargar a democracia popular", disse Li Chongfu, descrito pela Xinhua como "um veterano marxista" da Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Na sua primeira reunião, o novo Comitê Central escolherá os 24 ou 25 membros do Politburo e o respetivo Comitê Permanente, a cúpula do poder, composta apenas por sete ou nove elementos, e encabeçado pelo secretário-geral do partido, o mais importante cargo político da China.

Desde a década de 1980, os "altos dirigentes do Estado" reformam-se ao fim de dois mandatos ou quando ultrapassam os 70 anos de idade.

Um jornal oficial considerou este processo de sucessão "o maior sucesso político da China nas últimas décadas, com grande impacto em todo o país e na governança mundial".

Em março de 2013, Xi Jinping assumirá também a presidência da República e o vice-primeiro-ministro-executivo, Li Keqiang, deverá substituir Wen Jiabao na chefia do governo.

"Nunca copiaremos um sistema político ocidental", afirmou Hu Jintao.

Outrora pobre e isolada, a China é hoje o maior exportador e a segunda maior economia mundial, à frente da Alemanha e do Japão, e é desse "milagre" que o PCCh reforça a sua "legitimidade".

Creative Commons - CC BY 3.0

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