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Nicolás Maduro no ato de encerramento de sua campanha

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Na Venezuela, governo promete reprimir manifestações com mais força

Criado em 16/04/13 10h12 e atualizado em 16/04/13 10h37
Por Leandra Felipe Edição:Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil

Campanha presidencial eleições venezuela - 10
“Quem vier pela via violenta, encontrará o Estado”, alertou Nicolás Maduro (Rafael Barroso/CC)

Caracas - O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, informou que o país vai ativar o "comando antigolpe” para enfrentar os protestos da oposição que insiste no pedido de recontagem total dos votos da eleição do último domingo (14). Partidários de Henrique Capriles prometem novos protestos para hoje (16). Para amanhã (17), está prevista uma grande marcha com destino à sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) em Caracas. O CNE aponta que Maduro obteve 50,75% dos votos e Capriles, 48,97%.

Na noite de ontem (15), vários protestos, com panelaços e buzinaços, foram registrados em Caracas e em outras cidades. Nas ruas, era comum ouvir os gritos de "fraude, fraude, recontem os votos!"

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À noite, Maduro se manteve no Quartel da Montanha. “Estão saindo da Constituição e da lei. Entraram em uma fase enlouquecida”, comentou. Ele informou que houve mortes e feridos e endureceu o tom contra os manifestantes. “Quem vier pela via violenta, encontrará o Estado”, alertou.

A tensão pode ser sentida fortemente no país e influencia o cotidiano da população. Na noite de ontem, taxistas evitavam circular pelas partes de Caracas com maior presença da oposição. Não era possível, por exemplo, fazer saques em dinheiro em caixas eletrônicos, segundo a população local, por falta de abastecimento.

As redes sociais também refletem o momento tenso. Partidários do governo pedem cadeia a Henrique Capriles e a oposição insiste nas denúncias de “fraude” e no pedido de recontagem dos votos. Agora pela manhã o clima é de aparente tranquilidade, mas os panelaços e buzinaços foram mantidos ontem até por volta da meia-noite.

O governo contabiliza manifestações com queimas de casas do Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) e protestos em pelo menos cinco estados. O oposicionista Henrique Capriles manteve a convocação para as marchas e protestos contra a decisão de não verificar os votos, mas pede que as ações sejam realizadas em paz.

A presidenta do CNE, Tibisay Lucena, informou, durante a cerimônia de proclamação de Maduro, que a auditoria, chamada de "verificação cidadã", já foi realizada no país por amostragem. O CNE não divulgou detalhes da verificação por amostragem.

O chefe da missão observadora da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Carlos Alvares, pediu ontem à noite respeito aos resultados eleitorais. O governo convoca a população para atos de apoio à juramentação do presidente eleito, marcada para sexta-feira (19).

 

Edição: Lílian Beraldo

Creative Commons - CC BY 3.0

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