Compartilhar:
Câmara quer ouvir novo chanceler sobre retirada de Pinto Molina da Bolívia
Criado em 27/08/13 12h36
e atualizado em 27/08/13 13h00
Por Renata Giraldi
Edição:Marcos Chagas
Fonte:Agência Brasil
Brasília – O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, será convidado para participar de uma audiência pública, nos próximos dias, na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. O presidente da comissão, Nelson Pellegrino (PT-BA), disse à Agência Brasil que apresentará um requerimento com o convite ao novo chanceler e pedido de esclarecimentos sobre a retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina de La Paz (Bolívia).
“É necessário ouvir o novo ministro para saber quais serão os rumos da política externa brasileira. Também queremos saber sobre as investigações para apurar a retirada do parlamentar boliviano da Embaixada do Brasil em La Paz”, disse Pellegrino.
Leia mais:
Entenda o caso do senador boliviano Roger Pinto Molina
Após dois anos e oito meses, Patriota deixa o ministério e será representante do Brasil na ONU
Eventual processo de extradição de Pinto Molina deve seguir longo rito
Advogado de Pinto Molina condena possível punição a diplomata que ajudou senador boliviano
A retirada do Pinto Molina, que ficou 15 meses na embaixada brasileira, deflagrou uma crise no governo provocando a saída de Antonio Patriota do Ministério das Relações Exteriores e sua substituição pelo embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado. Paralelamente, o ministério investiga a atuação do encarregado de negócios na Bolívia - equivalente a embaixador temporário - Eduardo Saboia.
Saboia assumiu ter conduzido, por decisão própria, todo o processo para retirar Pinto Molina da embaixada brasileira. Segundo ele, a decisão foi tomada porque o parlamenar boliviano estava deprimido e ameaçava se suicidar. Porém, a crítica interna no governo é que o diplomata tomou a decisão de forma pessoal, sem consultar os superiores, causando quebra da hierarquia.
“Eu vi o senador Pinto Molina quando fui visitar os torcedores corintianos [que ficaram presos em Oruro, no interior da Bolívia] e ele me parecia bem e em condições razoáveis”, ressaltou Pellegrino. “É preciso saber como estão as investigações [no Itamaraty] para verificar o que ocorrerá daqui para frente.”
Edição: Marcos Chagas
Deixe seu comentário