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CPI pede que PF investigue casos de desaparecimentos de meninas no Rio

Criado em 25/11/13 14h55 e atualizado em 25/11/13 17h00
Por Isabela Vieira Edição:Valéria Aguiar Fonte:Agência Brasil [2]

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O pedido deve ser feito amanhã (26) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investiga exploração sexual de crianças e adolescentes (Elza Fiúza/Abr)

Rio de Janeiro- A Polícia Federal será acionada para auxiliar investigações de casos de desaparecimento de cerca de 20 meninas entre 7 e 13 anos no estado do Rio, em circunstâncias semelhantes. O pedido deve ser feito amanhã (26) pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados, que investiga exploração sexual de crianças e adolescentes.

A informação foi dada hoje (25) pela presidenta da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), que participou de audiência pública no Rio, para ouvir as mães das jovens. A suspeita da Promotoria Criminal do Ministério Público do estado é que os casos estejam relacionados e tenham um suspeito em comum, que já chegou a ser preso por envolvimento no desaparecimento de uma das meninas.

“Amanhã estaremos na Polícia Federal, com o diretor-geral, Leandro Daiello Coimbra  levando esse caso, do Rio, e mostrando que até o momento, pelo o que conseguimos detectar, o estado não está dando as respostas necessárias. Vamos solicitar que a PF acompanhe”, declarou Erika Kokay à imprensa, após a audiência, realizada a portas fechadas para preservar os depoimentos.

A CPI também quer ouvir os delegados que investigaram os casos no Rio, mas que não chegaram a uma conclusão. De acordo com a presidenta da organização governamental Portal Kids, Waltéa Ferrão que acompanha as mães nos últimos anos, as investigações foram interrompidas. Mesmo assim, segundo ela, com ajuda da polícia, a organização elaborou um dossiê com mais de 40 páginas.

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“Os indícios apontam que os casos estão relacionados porque as circunstâncias dos desaparecimentos das meninas são as mesmas”, declarou. “O perfil das meninas era o mesmo, a abordagem pelo aliciador/sequestrador e o tipo físico também”, acrescentou. Segundo Waltéa, as investigações apontam como principal suspeito um funcionário da Marinha, que será acionada pela CPI.

Para as mães a CPI é  buscar Justiça. “Eles têm que me entregar minha filha. São cinco anos de busca, de idas e vindas, de portas fechadas. Não vou desistir até achar a Larissa ou encontrar o corpo. Não quero certidão de óbito. Quero saber o que aconteceu”, disse Raquel Gonçalves - mãe de Larissa Gonçalves.

De acordo com a relatora da CPI, deputada Lilian Sá (Pros-RJ) há diversos casos de desaparecimento de meninas no Rio sem solução. “Somem duas três meninas por ano no Rio, com o mesmo tipo físico, do mesmo jeitinho, e isso merece uma grande investigação”, afirmou.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não comentou os casos. A Polícia Civil também informou que só se pronunciará depois de oficialmente convocada pela CPI.

Ouça a reportagem de Ligia Souto para a Radioagência Nacional:

Edição: Valéria Aguiar

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