Vacinação do HPV

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Saúde [1]

Brasileiros têm o desafio de manter vacinas em dia, diz especialista

Criado em 08/06/14 08h23 e atualizado em 08/06/14 11h29
Por Flavia Villela Edição:Luana Lourenço Fonte:Agência Brasil [2]

O Brasil tem um dos melhores programas de imunização do mundo, mas a população ainda não tem o costume de manter o calendário de vacinação atualizado. A avaliação é da presidente da Comissão de Revisão de Calendários da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, às vésperas do Dia Nacional da Imunização, comemorado nesta segunda-feira (9). 

“O brasileiro costuma se preocupar com a doença apenas quando ela assusta. É justamente o caso da gripe, banalizada, apesar de causar, segundo a Organização Mundial da Saúde, entre 250 mil e 500 mil mortes ao ano”, comparou.

VacunaVPH

Brasileiros devem manter calendário de vacinação atualizado, diz Sociedade Brasileira de Imunizações (Elza Fiúza/Agencia Brasil)

Os calendários de vacinação para todas as faixas etárias podem ser consultados no site [3]da associação, com indicações sobre disponibilidade das vacina em postos de saúde ou somente em clínicas privadas.

Além de manter as vacinas em dia, a SBIm ressalta a importância de projetos educativos e da vacinação nas escolas para o aumento do número de imunizados.

Entenda como funciona a vacina [4]

Isabella cita a vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), por exemplo, que, de acordo com o Ministério da Saúde, superou a meta de 80% do público-alvo. Segundo a médica da SBIm, o sucesso da campanha da primeira dose deve-se principalmente à forte presença de agentes de saúde nas escolas das redes pública e privada orientando e conscientizando os adolescentes a se vacinarem.

“Quando você facilita o acesso e orienta esse adolescente, ele adere à vacinação. Outros países, como a Inglaterra e a Austrália já fazem a vacinação do adolescente não só para o HPV, como também da hepatite B, entre outras”, explicou a médica ao defender a adoção dessa política pelo Brasil.

O êxito da campanha, porém, pode não se repetir caso a segunda e a terceira dose da vacina contra o HPV não sejam aplicadas também nas escolas. “Em países como os Estados Unidos, onde a vacina é oferecida apenas em postos de saúde, a cobertura fica em 30% a 40% [do público-alvo] e em países que oferecem a vacina nas escolas, a cobertura fica em 85% e 90%”, comparou. A segunda dose deve ser aplicada seis meses após a primeira; e a terceira, cinco anos depois da primeira dose.

A exemplo da vacinação contra o HPV nas escolas,  Isabella Ballalai defende que o mesmo seja feito para evitar a meningite meningocócica. Segundo ela, a imunização nas escolas poderia reduzir significativamente a circulação da doença, visto que os adolescentes estão entre as faixas etárias em que a infecção é mais recorrente.

“A incidência meningocócica é maior no primeiro ano de vida, mas se vacinarmos também os adolescentes, como faz a Inglaterra, diminuiremos a circulação e haverá uma queda importantíssima da doença. É o que chamamos de proteção coletiva”, explicou.

Editora: Luana Lourenço

Tags:  vacina [5], vacinação [6], HPV [7], calendário [8], imunização [9]
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