one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Navio-Patrulha Oceânico Amazonas vai reforçar a frota que fiscaliza a chamada Amazônia Azul, território marítimo sob jurisdição do Brasil que compreende uma área com 3,5 milhões de quilômetros quadrados (km²)

Imagem:

Compartilhar:

Navio-patrulha vai reforçar fiscalização na costa brasileira

Criado em 05/10/12 19h33 e atualizado em 05/10/12 20h33
Por Akemi Nitahara Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Rio de Janeiro – Incorporado à Marinha no dia 29 de junho,  o Navio-Patrulha Oceânico Amazonas, que chegou hoje  (5) ao Rio, vai reforçar a frota que fiscaliza a chamada Amazônia Azul, território marítimo sob jurisdição do Brasil que compreende uma área com 3,5 milhões de quilômetros quadrados (km²). O navio foi construído em Portsmouth, no Reino Unido.

Antes de chegar ao Brasil, o navio passou por Lisboa (Portugal), Las Palmas (Espanha), Mindelo (Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria) e São Tomé e Príncipe. Na África, foram feitas demonstrações de ação antipirataria e treinamento de equipes em manutenção no navio. No Brasil, a embarcação atracou em Natal (RN), Salvador (BA), onde ficou aberto à visitação pública, e Arraial do Cabo (RJ).

Pré-sal

O ministro da Defesa, Celso Amorim, que participou da cerimônia de recepção, explicou que o Amazonas é o maior navio-patrulha existente no país, com 1.800 toneladas. Este é o primeiro de três comprados na Inglaterra. “Além de ter comprado estes navios, que são muito modernos, nós compramos também o direito de fabricar no Brasil os seguintes, se assim decidirmos. São navios muito importantes. Obviamente, o Brasil, com os recursos que tem hoje no pré-sal, tem a necessidade também de proteção das nossas rotas marítimas. Enfim, tudo o que está ligado ao mar, ao oceano, à Amazônia Azul, esses navios estarão em melhor condição de proteger.”

Amorim ressalta que o país já dispõe de navios nacionais de patrulha (de 500 toneladas) e também está construindo corvetas e uma frota de submarinos (quatro convencionais e um nuclear).

África

De acordo com o comandante da Marinha, Julio Soares de Moura Neto, o Amazonas poderá ser usado para missões na África. “É um navio que pode permanecer no mar por 35 dias, portanto atravessa o Atlântico, ida e volta, sem precisar de nenhum apoio. Podemos utilizá-lo também para missões no continente africano, tem muita velocidade, acho que é um navio que traz muitas vantagens para nós”. O Amazonas tem 90,5 metros de comprimento e 80 tripulantes. A velocidade máxima é 25 nós (43 quilômetros por hora) e autonomia de 35 dias.

O segundo navio, chamado Apa, será incorporado à Marinha em novembro e deve chegar ao Brasil no início de janeiro. O terceiro, Araguari, será incorporado em abril e deve chegar em maio, fazendo o mesmo percurso pelos países africanos. O Araguari vai ficar em Natal. Cada um custou cerca de R$ 109 milhões.

Os navios-patrulha são utilizados na defesa do litoral, áreas marítimas costeiras e plataformas de exploração de petróleo. Em situação de paz, fiscalizam o uso dos recursos do mar territorial e reprimem atividades ilícitas, como a pesca ilegal, contrabando e poluição do meio ambiente marinho, além de contribuírem para a segurança das instalações costeiras e operações de busca e salvamento.

Antártica

Quanto à retomada do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), com a partida do navio polar Almirante Maximiano amanhã (6), o comandante Moura Neto destacou que mais três navios serão enviados este ano para a Antártica. Mas a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz ainda vai demorar.

“Em face do incêndio na nossa Estação Antártica Comandante Ferraz, estamos enviando os navios e nós podemos suprir as nossas necessidades de pesquisa na Antártica. A reconstrução ainda vai demorar um período, ainda estamos recebendo propostas para a construção da futura estação. Eu acredito que, se tudo correr bem, nós possamos iniciar a construção da nova estação Ferraz no verão do próximo ano, de 2013 para 2014. Esse é o nosso plano.”

O ministro da Defesa lembrou que a construção da nova base depende da aprovação do projeto, mas já estão sendo feitos os módulos emergenciais para operar durante o período. “Nós estaremos presentes na Antártica todo esse tempo, o Brasil não se afastou da Antártica”, enfatizou Amorim.

Os cientistas brasileiros têm contado com o apoio de bases de outros países no local, como a do Chile e da Argentina, para dar continuidade às pesquisas, conforme o comandante da Marinha.

Edição: Carolina Pimentel

 


 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário