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A comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro

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Operação tenta acabar com cracolândia em frente ao Complexo da Maré

Criado em 24/10/12 11h57 e atualizado em 24/10/12 13h04
Por Vitor Abdala Edição:Talita Cavalcante Fonte:Agência Brasil

Manguinhos
A comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro (Junius/CC)

Rio de Janeiro - Agentes da prefeitura do Rio de Janeiro fizeram hoje (24) mais uma operação de acolhimento de usuários de crack. Desta vez, o alvo foi um canteiro de obras embaixo de um viaduto na Avenida Brasil, na zona norte da cidade, que servia como local de consumo da droga para dezenas de usuários.

Ao todo, 60 adultos e três adolescentes foram recolhidos e encaminhados a um abrigo da prefeitura. Segundo o subprefeito da zona norte, André Santos, o local, que fica em frente ao Parque União, no Complexo da Maré, já funcionava como ponto de consumo de crack há algum tempo, mas a situação piorou depois que a polícia ocupou as favelas do Jacarezinho e Manguinhos, onde funcionavam grandes cracolândias.

“Existiam antigamente 15 usuários. Com a ocupação do Jacarezinho e Manguinhos, houve migração deles para esse ponto. Como o Complexo da Maré ainda não foi ocupado pela polícia, isso pode ser um facilitador para que eles consigam a droga”, disse Santos.

Santos afirmou que houve também forte migração de usuários para a região dos morros do Cajueiro e da Serrinha, em Madureira, na zona norte – local onde também já havia consumo da droga antes da ocupação de Jacarezinho e Manguinhos.

Sem querer se identificar, uma moradora do Parque União de 81 anos acompanhava de longe a operação e disse que a presença dos usuários naquele local estava se tornando um grande incômodo. “Eu moro aqui na frente e isso incomoda em todos os momentos. Eu quero ir à igreja e não posso. Não posso visitar parentes e chegar quando quiser”, disse.

Ao lado dela, uma mãe buscava informações sobre o paradeiro dos quatro filhos usuários de crack. “Eles são usuários há muitos anos. Já foram recolhidos várias vezes, mas não passam nem dois dias e eles voltam para a rua”, disse a desempregada Marilda Farias, que cuida do neto de três meses de idade, porque os pais são usuários.

Além de recolher os usuários que aceitaram ir para o abrigo, a prefeitura retirou os tapumes do canteiro da obra e pertences dos usuários, como colchões e cachimbos usados no consumo do crack. Para evitar que as pessoas voltem a ocupar o lugar, serão construídas taludes (muros inclinados), sob o viaduto.

Edição: Talita Cavalcante

Creative Commons - CC BY 3.0

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