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“É preciso compreender que um crime contra um homossexual atinge não só a pessoa, mas a família e a sociedade como um todo. É assim que nos sentimos no governo brasileiro”, disse a ministra ao divulgar dados sobre violação de direitos homossexuais

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Ministra quer que prédio do antigo Dops carioca seja um memorial às vítimas da ditadura

Criado em 27/11/12 23h46 e atualizado em 28/11/12 10h14
Por Isabela Vieira Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Como já ocorreu com o prédio onde funcionava o Departamento da Ordem Política e Social (Dops), em São Paulo, que sedia atualmente o Museu da Resistência, a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, quer que o governo fluminense transforme o prédio do antigo Dops, na capital fluminense, em um memorial às vítimas da ditadura militar no estado. O imóvel, atualmente administrado pela Polícia Civil, foi usado como local de tortura de presos políticos.

A ministra participou hoje (27) do Seminário Latino-Americano sobre Lugares de Memória, na sede do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. No evento, a ministra disse que a preservação da história e da memória das vítimas de tortura e morte no antigo Dops fazem parte de uma política nacional.

Durante o evento, Maria do Rosário também pediu que, em Porto Alegre (RS), o casarão da Rua Santo Antônio, conhecido como Dopinha, seja destinado ao mesmo fim. O local está relacionado à Operação Condor.

As negociações para instalação de um memorial no prédio do antigo Dops, no Rio, no entanto, dependem de negociações com a Polícias Civil, atual administradora do imóvel. Segundo a subsecretária estadual de Defesa e Promoção dos Direitos Humanos, Andréa Sepúlveda Brito Carotti, a chefe da Polícia Civil fluminense, a delegada Martha Rocha, é simpática à proposta.

Mas, segundo o subchefe Administrativo da Polícia Civil, Sérgio Caldas, o prédio construído em 1912, deve ser reformado para para receber o Museu da Polícia. O imóvel é tombado e passou por duas ditaduras: a de Getúlio Vargas e a do regime militar que se se instalou no país entre 1964 e 1985.

No entanto, entidades como a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil como o Coletivo RJ, Memória, Verdade e Justiça, não abrem mão do prédio. Elas reivindicam que no local funcione a Comissão Estadual da Verdade, assim que for nomeada.

"Temos que mudar aquilo, um prédio que serviu para repressão, tortura e execução durante décadas. Temos que entregar para a população, não para a polícia de novo", disse Ana Miranda, do Coletivo RJ. “O Dops é uma lembrança do que não queremos mais”, completou.

Vera Vital Brasil, também do Coletivo RJ, pediu pressa na nomeação da Comissão Estadual da Verdade. "A comissão vai investigar o que ocorreu no Rio, nos centros de tortura. Vai investigar os mandantes, os executores e o que aconteceu com os mais de 160 mortos e desaparecidos no estado", declarou.

 

Edição: Aécio Amado

 

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