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Cordelista canta em versos o legado de Gonzaga para os novos artistas nordestinos
Criado em 13/12/12 12h11
e atualizado em 18/03/16 15h15
Por Marli Moreira
Edição:Tereza Barbosa
Fonte:Agência Brasil
São Paulo – “Sou cantador, violeiro e forrozeiro/ Sambista brasileiro e assim bem Paraíba/ Um operário, milionário sem tostão/ Muito amor no coração/ Vez por outra sou escriba/ Vou por aí relembrando o mestre Lua/ Cantarolando nas ruas becos vielas e guetos/ Uma sanfona, triangulo e a zambumba/Tocando xaxado, rumba xote e baião nos coretos”.
Os versos foram declamados pelo diretor da Academia Brasileira do Cordel, Chico Salles, para mostrar à Agência Brasil a manifestação de um poeta popular seguidor da cultura musical deixada pelo Rei do Baião. Para Salles, Gonzaga é “a matriz" de toda a música brasileira regional. "Se a música brasileira pudesse ser colocada sobre quatro pilares, sem dúvida nenhuma, Luiz Gonzaga seria um deles”. Ele lembra que o legado do músico tornou-se a base de aprendizado para os estudantes de piano, de jazz e de blues.
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O paraibano Chico Salles participou em São Paulo da IV Caravana de Cordel, no Memorial da América Latina, que teve como tema o centenário de Luiz Gonzaga. Chico Salles também faz parte do projeto do Instituto Memória Brasil, que prepara um CD comemorativo do centenário. O lançamento do CD deve ser na segunda quinzena de fevereiro do próximo ano, no Rio de Janeiro.
Outro evento comemorativo será o I Festival Gonzagão, previsto para o próximo sábado (14), às 15 horas, na Praça da Luz, na região central de São Paulo. As apresentações serão gratuitas e terão a participação de Chambinho do Acordeom, que tem despontado no meio, depois de ter participado do filme Gonzaga, de Pai Para Filho interpretando uma das fases da vida do Rei do Baião. Também participam do festival duplas de repentistas como Edival Pereira e Gilberto Alves, Antonio Barbosa e Chico Pereira, Sebastião Marinho e Andorinha.
Edição: Tereza Barbosa
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