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Diálogo deve resolver problema da ocupação, acredita deputado
Criado em 29/05/13 09h52
e atualizado em 29/05/13 11h18
Por Bruna Ramos
Fonte:Portal EBC
Termina hoje (29) o prazo concedido pelo juiz Sérgio Wolney Guedes, da comarca de Altamira, para que os indígenas que ocupam Belo Monte saiam pacificamente da obra. O mandado de reintegração de posse expedido pelo magistrado autoriza o uso de força policial caso os ocupantes descumpram a decisão. Apesar de os índios munduruku anunciarem que irão resistir até o fim, o deputado federal Padre Ton (PT/RO), presidente da Frente Parlamentar em Apoio aos Povos Indígenas, aposta na negociação. “Acredito no diálogo porque o governo não vai usar da força. Se ele ferir ou acabar matando algum indígena num conflito deste, isso prejudica a própria obra”, defende.
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O deputado argumenta que os índios voltaram a ocupar Belo Monte porque os acordos negociados após a primeira invasão, quando eles saíram pacificamente após oito dias, não foram cumpridos. “Eles têm dois pontos importantes na sua pauta. Primeiro eles querem que paralise os estudos para a nova usina de São Luís do Tapajós. E [segundo] que o governo cumpra com a consulta prévia”, pontua.
A determinação judicial atendeu a uma ação de reintegração de posse proposta pela Norte Energia, empresa responsável pela operação da usina. A decisão prevê, ainda, multa de R$ 50 mil por dia aos índios e à Funai em caso de descumprimento.
Assista aqui ao deputado federal Padre Ton (PT/RO) defendendo o diálogo entre índios e governo e explicando a reivindicação dos ocupantes:
Padre Ton também conversou com Beth Begonha, do programa Amazônia Brasileira, da Rádio Nacional da Amazônia. Ouça a entrevista:
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