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João Saldanha: ditadura tem relação com demissão do técnico que montou seleção do tri
Criado em 18/03/14 19h09
e atualizado em 18/03/14 20h16
Por Nathália Mendes*
Fonte:Portal EBC
Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo e Gérson; Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivelino. Considerada a melhor seleção de todos os tempos, o Brasil tricampeão começou a se formado por um jornalista, comentarista, filiado ao Partido Comunista Brasileiro e que acabou demitido do posto de treinador meses antes da Copa do Mundo, por não aceitar que “botassem gente” em seu time.
O Repórter Brasil começou a apresentar nesta terça-feira (18) uma série de reportagens especiais que detalham como a ditadura militar interferiu no futebol brasileiro. Na primeira matéria, saiba mais sobre João Saldanha e como o regime autoritário tentou usar a conquista do tri como propaganda do regime autoritário:
Um dos maiores críticos da seleção brasileira, principalmente depois da eliminação na primeira fase no Mundial de 1966, o polêmico João Saldanha aceitou o desafio de trocar os microfones pelos campos e preparar o Brasil para a Copa de 1970.
Apelidado de João sem Medo, o comentarista montou um time com os grandes craques da época – as “feras do Saldanha”. Comandado por Saldanha, o Brasil fez a melhor campanha das eliminatórias para a Copa do Mundo, terminando a fase de classificação invicto.
A derrocada de Saldanha tem relação com a ditadura militar. Segundo o escritor e documentarista André Iki Siqueira, que dirigiu um filme sobre o treinador, os militares não queriam que um militante histórico do Partido Comunista como Saldanha voltasse com a taça de campeão do mundo. A tentativa de impor a escalação de jogadores para o Mundial foi a gota d'água para a troca de João Saldanha por Zagallo.
Nesta entrevista, o escritor e documentarista André Iki Siqueira e o comentarista da TV Brasil, Alberto Léo comentam a demissão de João Saldanha. Assista:
*com informações do Repórter Brasil
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