one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Jovens decoram com grafites temáticos os muros do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher em lembrança ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher

Imagem:

Compartilhar:

Grafite marca início de campanha pelo fim da violência contra a mulher

Criado em 25/11/14 20h56 e atualizado em 25/11/14 20h53
Por Akemi Nitahara Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

Os muros internos do prédio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim), no centro do Rio de Janeiro, foram o espaço escolhido por um grupo de grafiteiros para expressar, por meio de sua arte, o combate à violência contra a mulher. Cem latas de tintas em spray, 32 metros de parede, muita criatividade e um desejo de um mundo sem diferenças foram suficientes para dar início à campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.    

Os grafites foram inspirados na Plataforma de Pequim, apresentada em 1995 na 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres, na capital chinesa. A grafiteira Panmela Castro, presidenta da Nami, rede feminista de arte urbana que usa o grafite para promover os direitos das mulheres, disse que esse tipo de mobilização é importante para refletir sobre os avanços alcançados.

Leia também no Portal EBC:

Hoje é Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres

No Dia da Não Violência Contra a Mulher, ONU inicia ações de combate à opressão

Hackers usam tecnologia para combater violência contra a mulher

“É importante para ver o que a gente conseguiu mudar e o que ainda tem que ser mudado. Do que a gente planejou de conquista. Será que a gente conseguiu atingir, será que ainda tem muito para mudar? O que nós mulheres queremos? Hoje é uma oficina onde as pessoas podem expressar por meio do spray o entendimento delas a respeito da temática”.

Jovens decoram com grafites temáticos os muros do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher em lembrança ao Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Jovens decoram com grafites temáticos os muros do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher para marcar o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A gerente de Programas do escritório da ONU (Organização das Nações Unidas) Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, ressaltou que o mundo discute, no momento, a agenda de desenvolvimento pós 2015, quando vence o prazo estipulado para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODMs). De acordo com ela, a ideia é que a igualdade de gênero esteja entre as novas metas.

“Os países estão acelerando as suas ações para cumprir as metas dos ODMs e, ao mesmo tempo, será definido a agenda pós 2015. Então a ONU Mulheres lançou globalmente a campanha Empoderar as Mulheres. Empoderar a Humanidade. Imagine!, que é a celebração dos 20 anos de Pequim e também uma análise de qual rota seguir nos próximos anos, de forma que seja um processo que informe a elaboração dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para que saia de lá com um objetivo específico de igualdade de gênero e o tema transversalizado nos demais”.

A discussão de Pequim+20 já começou e tem no ano que vem dois momentos definidos: a reunião da Comissão das Nações Unidas Sobre o Status da Mulher, que ocorre sempre no mês de março na sede da ONU em Nova York, e a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. De acordo com Ana Carolina, não será feita uma nova conferência das mulheres porque o atual instrumento de luta continua válido.

“Decidiu-se por fazer uma série de eventos e uma campanha global em que seja difundido o instrumento, porque consideramos que ele é atual. Apesar dos avanços que tivemos, ele continua sendo o instrumento que dá conta da complexidade e dos pontos em que precisamos avançar. As demandas não mudaram muito, infelizmente”, disse.

No Rio de Janeiro, a Praça Condessa Paulo de Frontin, no Rio Comprido, recebe no dia 28 o evento Cine Mulheres na Praça, com a exibição do filme Minha Mãe É uma Peça, e um debate sobre a violência contra a mulher. No dia 5 será a vez do Parque Madureira. No dia 1º será lançado o Grupo de Trabalho Feminização do HIV/Aids, na Cinelândia. A prefeitura também promove, no dia 4 de dezembro, o seminário Violência contra as Mulheres: Por quê?, na Caixa Econômica.

De acordo com a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Ana Rocha, o objetivo é dar visibilidade ao tema e apontar soluções. “Vamos debater de forma geral os por quês da violência, os avanços e os desafios da Lei Maria da Penha e a transversalização no combate à violência: violência no trabalho, na política, na mídia”.

Além dos grafites feitos hoje, também foi inaugurada no Cedim a exposição itinerante Pequim+20 em Graffiti, com a reprodução das 12 telas lançadas em março, em Brasília, e que mostram os 12 temas prioritários da plataforma de ações.

Editor: Aécio Amado

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário