one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Continente americano discute violência contra crianças e adolescentes

Criado em 10/12/14 14h43 e atualizado em 10/12/14 15h30
Por Ana Cristina Campos Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Representantes governamentais e especialistas de 26 países do continente americano estão reunidos em Brasília para discutir a violência contra crianças e adolescentes no 21º Congresso Pan-Americano da Criança e do Adolescente. O evento, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, começou hoje (10) e vai até sexta-feira (12).

Com o tema “Infância e Adolescência: construindo ambientes de paz”, o congresso tem como objetivo promover o intercâmbio de experiências e fazer recomendações para o enfrentamento da violência contra jovens no continente.

Leia mais:

Rio terá plano elaboração de políticas públicas de direitos humanos

Entre os temas em debate estão a garantia dos direitos dos adolescentes em conflito com a lei, o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes e a celebração dos 25 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança.

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, informou que, ao final do congresso, será estabelecida uma resolução com metas para que os países se comprometam no enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes.

“É um congresso importante porque comemoramos os 25 anos da carta da ONU em favor das crianças e dos adolescentes. Podemos fazer uma retrospectiva das políticas públicas implantadas no nosso continente, trocar experiências e estabelecer novas metas e estratégias para garantir os direitos das crianças e adolescentes. Há o crescimento da violência, com um número excessivo de homicídios da população jovem negra e de periferia”, disse a ministra.

A secretária nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, Angélica Goulart, disse que o continente ainda enfrenta uma dura realidade social. Ela citou dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), de que das mais de 200 milhões de crianças da América Latina e do Caribe, 81 milhões vivem na pobreza e 32 milhões em situação de extrema pobreza.

“O congresso vai tratar das piores formas de violência, entre elas a exploração sexual. Segundo a OIT [Organização Internacional do Trabalho], 12,3 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado no mundo e 1,39 milhão são adolescentes”, disse.

Antes da abertura do congresso, ativistas de direitos humanos fizeram um ato contra o extermínio da juventude e lançaram a Campanha Nacional Viver sem Nada, Morrer por Nada. Segundo Denise Campos, coordenadora da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, o ato tinha por objetivo chamar a atenção do alto índice de mortes dos jovens no Brasil. “É preciso dar um basta nesse cenário tão violento que vivemos”.

Paralelamente ao congresso, também ocorre o II Fórum Pan-Americano de Crianças e Adolescentes, com 70 adolescentes de 17 países. Segundo o gaúcho Matheus Medeiros de Oliveira, parlamentar juvenil do Mercosul de 16 anos, os jovens vão discutir temas de violação dos direitos humanos e tentar encaminhar propostas. “Esse intercâmbio de ideias é muito bacana, porque, apesar de nossas diferenças, temos muitos problemas em comum”.

Editora: Denise Griesinger

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário