one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

No Rio, Parada LGBT critica Estatuto da Família e pede fim da violência

Criado em 15/11/15 15h07 e atualizado em 15/11/15 15h10
Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil Edição:Lílian Beraldo Fonte:Agência Brasil

Milhares de pessoas participam hoje (15), na Praia de Copacabana, da 20ª edição da Parada do Orgulho LGBT do Rio de Janeiro. Com o lema “Palavras Ferem, Violência Mata”, a parada deste ano quer chamar a atenção da população para os casos de violência sofridos por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no país.

De acordo com os últimos dados da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, em 2012, foram registradas 9.982 violações contra a população LGBT em todo o país, 46,6% a mais do que no ano anterior.

Mais de 80% dos casos envolvem violência psicológica, 74% discriminação e 33% violência física. Os números somados superam 100% porque cada violação pode envolver mais de um tipo de violência.

A Parada do Orgulho LGBT do Rio é organizada há 20 anos pela organização não governamental (ONG) Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT. Segundo o presidente da ONG, Almir França, nesse período, houve avanços, como a criação de programas estaduais e municipais para defender a comunidade LGBT em todo o país. Mas também houve retrocessos.

“Um dos retrocessos foi a aprovação do Estatuto da Família. Também houve avanço do fundamentalismo [religioso] e de ideias heterossexistas higienizadas. Isso é um retrocesso intelectual. Por um lado, a academia avançou nesse conteúdo, mas por outro na sociedade civil, não. Ainda é um grande tabu na educação”, disse.

O coordenador especial de Diversidade Sexual da prefeitura do Rio de Janeiro, Carlos Tufvesson, destacou que a violência contra a população LGBT é preocupante. “A cada 23 horas, um cidadão é assassinado no Brasil em um crime de ódio. Esse é um problema de toda a população. Não apenas de quem é gay, quem é lésbica, quem é bissexual ou transexual. Tem causado muito sofrimento às famílias, principalmente”, disse.

A ala de abertura da parada é formada pelas Mães pela Diversidade, formada por mães de LGBTs. Elas protestam contra o Estatuto da Família (Projeto de Lei 6.583/2013), aprovado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados criada para avaliar o projeto. O texto define família apenas como a união de homem e mulher e seus filhos, excluindo, portanto, casais homossexuais.

A coordenadora do Mães pela Diversidade de Salvador (BA), Inês Silva, tem dois filhos: um gay e uma lésbica. Ela diz que a segurança deles é uma preocupação diária, devido à homofobia.
“Nós estamos aqui justamente para acabar com a homofobia, a transfobia e a lesbofobia. Nossos filhos são seres humanos iguais a quaisquer outros”, disse.

Além da passeata, o Comitê Organizador Rio 2016 estará na passeata, cadastrando o público LGBT para preencherem as vagas de emprego nas Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Segundo a ONG Arco-Íris, entre as vagas está a oportunidade de participar das cerimônias de entrega de medalhas nas competições.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário