one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Na Flip, especialistas defendem políticas públicas de incentivo à leitura

Criado em 31/07/14 21h38 e atualizado em 07/07/16 14h20
Por Flavia Villela Edição:Unesp e secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura Fonte:Agência Brasil

A descontinuidade das políticas públicas para o incentivo à leitura foi o problema mais citado hoje  (31) em mesa redonda sobre o tema durante o FlipMais, evento paralelo à Feira Internacional de Liretatura de Paraty (Flip). A falta de diálogo entre os ministérios para apoiar articulações em estados e municípios foi outra questão mencionada, além da necessidade de participação da sociedade civil na elaboração e manutenção dessas políticas, que defendida por todos os especialistas presentes.

O diretor do Museu da Língua Portuguesa, Antônio Carlos de Moraes Sartini, disse que estimular o hábito da leitura não é apenas uma obrigação do Estado, mas também do cidadão. "Onde estão os médicos, eletricistas, garis, prestadores de serviço quando falamos de uma questão tão importante como a do livro e da leitura? Precisamos trazer mais pessoas para essa discussão para que esses planos sejam enraizados na sociedade, criando o direito e a obrigação também”, avaliou.

O diretor da Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul – Países Árabes (BibliAspa),  Paulo Daniel Farah, citou vários exemplos de iniciativas para atrair a sociedade civil para a discussão sobre a leitura. “Debates públicos, saraus. Os eventos literários antes do debate atraem as pessoas. Além da participação física, há a participação por rede social, por site”, comentou.

O presidente da Editora Unesp e secretário-executivo do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), José Castilho, defendeu que o plano, instituído em 2006 e decretado como política de governo em 2012, seja transformado em política de Estado. “É a forma de matarmos um dos grandes males do Estado brasileiro, que é a falta de uma política contínua em áreas estratégicas”.

Castilho disse ter esperança de que o Congresso Nacional vote o plano até o fim do ano. “Essa é uma área estratégica para a construção de cidadania e é motor para o desenvolvimento, pois a leitura instrumentaliza o homem contemporâneo na realização de seus direitos e na contribuição que dá ao trabalho no mundo da informação e do conhecimento”, ponderou. O diretor citou dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) do ano passado, segundo o qual apenas 26% dos brasileiros são leitores plenos. “Temos 500 anos de atraso para superar e o primeiro passo é o Plano Nacional do Livro e Leitura”, defendeu. 

A plateia, que interagiu com os especialistas durante o debate, abordou principalmente o custo dos livros no Brasil, considerados caros pela maioria. Para baratear esse mercado, segundo Farah, uma das saídas é assegurar os direitos das pequenas editoras.

Editor Luana Lourenço

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário