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André Pinto Rebouças, primeiro engenheiro negro do país

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Musical revive André Rebouças, primeiro engenheiro negro do país

Criado em 13/11/14 21h00 e atualizado em 18/03/16 15h05
Por Paulo Virgílio Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Primeiro engenheiro negro do Brasil, André Rebouças (1838-1898) foi um homem à frente de seu tempo. Em seu trabalho, aplicou pela primeira vez no país tecnologias avançadas para a época na construção de ferrovias e em obras portuárias, e solucionou o problema do abastecimento de água na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império. Líder abolicionista, defendeu a reforma agrária e a educação dos libertos. “Não basta abolir a escravidão. É preciso abolir a miséria”, dizia ele.

A história dele é contada no espetáculo musical André Rebouças, o Engenheiro Negro da Liberdade, que a organização não governamental Ação da Cidadania escolheu para encerrar sua programação cultural de 2014, e também para celebrar o Dia da Consciência Negra, comemorado na próxima quinta-feira (20). Com texto e dramaturgia de José Miguel da Trindade e André Luiz Câmara, o musical estreou nesta quinta-feira (13), no Centro Cultural da Ação da Cidadania - um galpão centenário na zona portuária do Rio, projetado pelo próprio Rebouças.

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Para elaborar o texto que resgata momentos importantes da vida do engenheiro, os autores se basearam nos diários que ele escreveu em Portugal, onde se exilou, após a Proclamação da República, até sua morte. Filho de um advogado e conselheiro do Império, André Rebouças era monarquista e amigo de Dom Pedro II, e deixou o país no mesmo navio em que a família real partiu para o exílio.

“O espetáculo mostra Rebouças falando com Rebouças, por meio do diário, das cartas que ele trocava com amigos, como o Visconde de Taunay e Joaquim Nabuco”, explica José Miguel da Trindade. Segundo ele, “Rebouças não era um guerreiro como Zumbi dos Palmares ou o marinheiro João Cândido. Era um intelectual, um mecenas, que vinha de uma elite, e defendeu ideias revolucionárias para a época, sobre o fim da escravidão. O espetáculo mostra isso e a mágoa que ficou nele com o isolamento nos últimos anos de vida”.

Juntamente com Caio Cezar, que assina a direção musical, José Miguel da Trindade criou trilha sonora para o espetáculo. Um conjunto de quatro músicos também executa composiçõs de Carlos Gomes, Chiquinha Gonzaga e Giuseppe Verdi, além de ritmos afrobrasileiros.

André Rebouças é vivido pelo ator Leandro Vieira, à frente de um elenco de outros treze atores e cantores, que interpretam personagens da época. A direção de arte e cenografia é de Rosa Magalhães e a iluminação é assinada por Aurélio de Simoni.

André Rebouças, o Engenheiro Negro da Liberdade será apresentado até o próximo dia 29, de quinta-feira a domingo, às 19h, com entrada franca.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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