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Grupo de indígenas e manifestantes protestam com faixa e cartazes em defesa do direito ao território, garantido pela Constituição Federal de 1998, em frente à sede da Petrobras, no centro da cidade

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Projeto multimídia propõe reflexão sobre questão indígena

Criado em 18/01/15 15h19 e atualizado em 07/07/16 15h01
Por Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil

Um projeto multimídia ocupa desde a última quinta-feira (15) o teatro e o cinema da Caixa Cultural do Rio de Janeiro com a proposta de promover uma reflexão crítica e poética sobre a questão indígena. Com o nome de Tupy or Not To Be: Teatro, Cinema e Novas Mídias, a iniciativa é do grupo teatral Boa Companhia, que atua desde 1992 no estado de São Paulo com foco na pesquisa da linguagem cênica a partir do trabalho do ator.

Na sala teatral, o espetáculo Cartas do Paraíso, dirigido por Verônica Fabrini, tem como base de sua dramaturgia as cartas escritas por jesuítas, exploradores e viajantes nos primeiros tempos da então conhecida como Terra de Santa Cruz ou Pindorama. Os personagens são um cartógrafo, um padre, um degredado e um cômico, vividos pelos atores Alexandre Caetano, Eduardo Osorio, Gustavo Valezi e Moacir Ferraz.

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“Procuramos construir uma encenação a partir de pesquisas bibliográficas, iconográficas e sonoras, mas não buscamos uma reconstrução histórica”, explica Verônica Fabrini.  “Atravessamos o movimento modernista, bradando ‘tupi or not tupi', o tropicalismo – 'aqui é o fim do mundo', de Torquato Neto – até desembocarmos na complexidade atual da crise ambiental, da crise ética, neste cenário pré-apocalíptico de um mundo globalizado e bárbaro”, detalha a diretora.

Ao longo de sua trajetória, a Boa Companhia encenou textos de autores que vão de Shakespeare a Qorpo Santo, passando por Nelson Rodrigues e Samuel Beckett, além de adaptações de autores literários como Franz Kafka e Hilda Hilst. Os espetáculos do grupo sempre buscam provocar uma reflexão sobre as relações humanas e suas consequências no mundo em que vivemos.

No cinema, o premiado documentário de longa-metragem Corumbiara, de Vicente Carelli, acompanha o indigenista Marcelo Santos em sua denúncia do massacre dos índios da Gleba Corumbiara (RO), ocorrido em 1985. Carelli filma o que resta das evidências da chacina.

O projeto não se esgota no espetáculo teatral e no documentário. Uma oficina para atores e estudantes de teatro e o blog Do Lado de Lá do Paraíso convidam os interessados a colaborar com elementos poéticos ou documentais sobre o tema, desde comentários até fotografias e vídeos de livre criação. Toda a programação é gratuita e fica em cartaz até o próximo dia 25.

A peça pode ser vista de quinta-feira a domingo, às 19h, e o filme será exibido nos dias 23 e 24, às 16h. A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

Edição Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

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