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Luz, câmera, ação: conheça 24 marcos tecnológicos do cinema

Criado em 28/12/15 14h09 e atualizado em 28/12/15 18h34
Por Ana Elisa Santana, Fernanda Duarte e Lia Magalhães

 

Medo, admiração, espanto. Houve quem pensasse se tratar de algum tipo de mágica ou de bruxaria diante das primeiras imagens em movimento que Auguste e Louis Lumière exibiram, em 28 de dezembro de 1895, na cave do Grand Café, em Paris, em um evento que tentavam divulgar sua criação: o cinematógrafo.

 

A invenção foi uma revolução para a época e apesar de também existirem notícias de projeções um pouco anteriores, de outros inventores (como os irmãos Max e Emil Skladanowsky na Alemanha), a sessão dos Lumière é aceita pela grande maioria da literatura cinematográfica como o marco inicial da nova arte.

 

Cento e vinte anos depois, o cinema, apoiado pelas inovações tecnológicas, continua encantando multidões ao redor do mundo todo por sua capacidade cada vez mais apurada de emocionar as pessoas.

 

Pensando na relação cinema e tecnologia – e inspirados pela lógica da sucessão de imagens que dão impressão de movimento a 24 quadros por segundo –, listamos 24 momentos em que a inovação esteve presente na história do cinema, antes e depois do cinematógrafo.

 

 

  • 1826

    Taumátropo

    Uma das primeiras experiências com imagens em movimento foi feita por meio de um aparelho simples, chamado taumatrópio, cuja criação é creditada ao inglês John Ayrton Paris. A invenção consistia em um pequeno disco preso a dois cordões em lados opostos. Em cada uma das faces do disco existe uma imagem diferente e as imagens se fundem quando o disco era girado.

  • 1829

    Fenacistoscópio

    A ideia do taumatrópio evoluiu e deu origem ao fenacistoscópio, criado pelo físico belga Joseph Plateau em meio as suas experiências para demostrar a sua teoria da persistência na retina. O invento dispunha dois discos ligados por meio de uma haste fixada em seus centros. Em um deles, se dava a sequência de imagens e no outro, frestas na mesma disposição, através das quais se podia ver a ilusão de movimento.

  • 1834

    Zootrópio

    Criado por William George Horner, o zootrópio chegou a ser um brinquedo muito popular na Europa. A invenção era constituída de um cilindro giratório com frestas em sua circunferência, com os desenhos dispostos em tiras. Ao girar o tambor, era criada a ilusão de movimento.

  • 1872

    Fotografia Sequencial

    O fotógrafo inglês Eadweard James Muybridge, criou um sistema com 24 câmeras escuras acionadas por fios esticados no local por onde um cavalo correria. À medida que o cavalo passava, ele tocava nos fios e acionava sucessivamente as câmeras, o que capturava as posições-chave de seu movimento. Daí o nome fotografia sequencial.

  • 1877

    Paraxinoscópio

    O francês Émile Reynaud aprimorou a ideia do zootrópio e criou um aparelho que projetava imagens desenhadas sobre fitas transparentes em uma tela, o praxinoscópio. Inicialmente, o aparelho era composto por uma caixa de biscoitos e um único espelho, mas foi aperfeiçoado com um sistema complexo de espelhos que permitia efeitos de relevo. Com a multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção, era possível a ilusão de movimento.

  • 1878

    Zoopraxinoscópio

    Além da fotografia sequencial, o fotógrafo inglês Eadweard James Muybridge, também criou o zoopraxinoscópio. A invenção, no entanto, não capturava imagens, mas as apresentava de maneira animada. O aparelho era semelhante ao zoótropo, porém com uma roda menor no centro, composta por espelhos. As imagens animadas na roda maior eram refletidas nesses espelhos da roda menor, dando a impressão de movimento. O zoopraxinoscópio é considerado o primeiro projetor de cinema da história.

  • 1878

    Fuzil Fotográfico

    O francês Etienne-Jules Marey inventou o “fuzil fotográfico”, uma câmera composta por um disco com orifícios capaz de captar uma imagem a cada passagem, registrando 12 fotografias em sequência numa mesma imagem. O invento possibilitou vários estudos sobre o movimento.

  • 1891

    Cinetoscópio

    Após ver a câmera de Etienne-Jules Marey, o chefe engenheiro da Edison Laboratories de Thomas Edison, William Kennedy Laurie Dickson, decidiu criar uma máquina de projetar imagens animadas. Assim, surgia o cinetoscópio, que possuia um visor individual, através do qual se podia assistir, mediante a inserção de uma moeda, à exibição de uma pequena tira de filme em looping.

  • 1895

    Cinematógrafo

    Aperfeiçoando o modelo do cinetoscópio, Auguste e Louis Lumière criaram o cinematógrafo e realizaram a primeira exibição comercial cinematográfica, com a exibição do filme “A saída da fábrica”. Por isso, a invenção é tida como marco inicial da história do cinema.

  • 1902

    Extensão do rolo de filme

    Rolo de filme. Foto: iStock.

    A extensão média de um rolo de filme aumenta de 15 para 183 metros. Assim os cineastas passaram a ter mais tempo para desenvolver suas narrativas.

  • 1922

    O primeiro filme em 3D

    The power of love.
    Foto: Wikipedia.

    “The power of love” (1922) é considerado o primeiro filme em três dimensões (3D) dos cinemas. Eles foi lançado em Los Angeles, mas não fez sucesso na época e atualmente está perdido.

  • 1932

    Cinema colorido

    O filme “Os dez mandamentos”, de Cecil B. DeMille, foi um dos primeiros coloridos do cinema. Ele usou trechos em technicolor e impressionou os espectadores.

  • 1927

    Cinema falado

    “O Cantor de Jazz” (The Jazz Singer) foi o primeiro filme falado que chegou ao circuito comercial. Atualmente, no entanto, o filme é considerado de cunho racista.

  • 1935

    Technicolor

    Len Lye lança “A Colour Box” (A caixa de cores). O filme é considerado um marco da animação direta: processo em que as imagens são criadas diretamente na película. No mesmo ano, também chega às telas comerciais o filme “Vaidade e Beleza” (Becky Sharp), que fez sucesso por fugir dos tons de cinza e pela primeira vez adotar coloração por Technicolor.

  • 1937

    O primeiro longa animado

    “Branca de Neve e os Sete Anões”, produzido pelos estúdios Walt Disney, entra para a história como o primeiro longa-metragem animado.

  • 1952

    O primeiro longa 3D em cores

    Estreia o filme “Bwana Devil”, primeiro longa metragem em 3D com cores que se tem notícia.

  • 1952

    Cheiro no cinema

    O “smell-o-vision” foi lançado com o filme “Scent of Mystery” (Perfume de mistério), que tentou acrescentar cheiro aos filmes. Nas salas de cinema, um mecanismo controlado pelo projecionista liberava os odores correspondentes às cenas. Mas a ideia não vingou.

  • 1970

    Formato Imax

    O curta “Tiger Child” foi lançado com o formato Imax, que tem capacidade de mostrar imagens e em formato maior do que as projeções tradicionais. Esta tecnologia logo foi incorporada a outras produções.

  • 1979

    Dolby Stereo

    O filme “Apocalypse Now” chega a 15 salas de cinema dos Estados Unidos com a tecnologia Dolby Stereo, permitindo maior imersão à trama por meio do som.

  • 1992

    Dolby Digital

    É lançado o Dolby Digital, que três anos mais tarde, em 1995, seria adotado como padrão pela maioria dos grandes estúdios de Hollywood.

  • 1995

    Primeira animação em 3D

    “Toy Story” se torna a primeira animação inteiramente produzida em 3D. O filme foi um marco na época e iniciou uma nova forma de fazer cinema.

  • 2002

    Cinema digital

    O filme “Star Wars: Ataque dos Clones” foi o primeiro gravado inteiramente em suporte digital, sem película.

  • 2009

    Tecnologia 3D

    A tecnologia 3D volta às telas do cinema em definitivo, com a mistura de animação e atores na live-action “Avatar”.

  • 2012

    48 quadros por segundo

    O filme “O Hobbit” usou o recurso de imagem em 48 quadros por segundo, que até então era inédito. A tecnologia dá mais naturalidade de movimentos nas cenas.

Creative Commons - CC BY 3.0

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