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Petronilha Gonçalves fala sobre metodologias antecipatórias
Criado em 16/10/12 15h23
e atualizado em 07/07/16 14h15
Por EBC
Fonte:EBC
Em seu discurso, a professora da UFSCar, Petronilha Gonçalves, diz que a coleção de História Geral da África não deve ser vista como um conjunto de livros de história. Ela possui muitos elementos que revelam aspectos da cultura africana e afro-brasileira.
“O papel da publicação não é tornar as pessoas mais eruditas. A publicação tem um papel político muito importante: permitir que todas as pessoas que compreendem a língua portuguesa conheçam sobre história da África e, portanto, sobre a história da humanidade”, explica.
Petronilha ressaltou também o papel desempenhado pelos professores (mesmo os que trabalham com crianças pequenas), que não é apenas contar histórias ou trazer fatos. O desafio é integrar as partes de uma multiculturalidade que diz respeito a nós: a parte do invasor europeu, que dizimou povos e culturas indígenas; a parte dos indígenas que sobreviveram ao genocídio físico e cultural; as partes dos escravizadores, dos escravizados e seus descendentes; a parte dos imigrantes europeus e seus descendentes; a parte dos povos ribeirinhos... e muitas outras.
A professora considera também outro desafio proposto por um artigo da Lei de Diretrizes e Bases: reconhecer que descendentes de negros e africanos têm histórias e vínculos ancestrais muito antigos. “É preciso, portanto, encontrar uma forma de compreender a visão de outros grupos étnico-raciais, sem desqualificá-los”, afirma.
Confira o discurso de Petronilha Gonçalves:
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