one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Copa faz aumentar interesse de alunos por idiomas

Imagem:

Compartilhar:

Professores da rede pública de SP aprendem a identificar distúrbios psicológicos

Criado em 24/12/14 10h40 e atualizado em 24/12/14 10h52
Por Camila Boehm Edição:Valéria Aguiar Fonte:Agência Brasil

Professores da rede pública estadual aprendem a detectar sinais de distúrbios psicológicos nos alunos, como depressão, déficit de atenção, transtorno bipolar, por meio de um curso promovido pela Secretaria da Educação de São Paulo, em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). O projeto Cuca Legal já chegou nas escolas da capital, Ribeirão Preto, Santos, Sorocaba e Taboão da Serra.

Leia mais:

STF nega pedido para suspender livro de Monteiro Lobato em escolas públicas 

A proposta da secretaria é expandir a capacitação para todo o estado. Neste ano, 318 professores concluíram o curso, que é ministrado por psiquiatras, neurologistas e pedagogos. Em 2013, já haviam 90 capacitados.

O objetivo é que os profissionais saibam como abordar os estudantes, ofereçam ajuda e indiquem o tratamento na rede de saúde. O curso é destinado ao professor como mediador, um educador que já atua na identificação de vulnerabilidades no ambiente escolar e ainda desenvolve ações de prevenção e mediação de conflitos, como bullying e indisciplina.

Segundo o coordenador do Sistema de Proteção Escolar da secretaria, Felippe Angeli, a ideia é trabalhar a saúde a partir de uma visão integral, incluindo orientação física e psíquica, e também retirar o estigma, muitas vezes, associado a distúrbios psicológicos. “Estamos formando estes professores para que conheçam um pouco melhor a saúde mental e, caso identifiquem algum sinal que possa ocasionar um problema, eles serão  encaminhados para o serviço de saúde competente”, disse.

Em uma das etapas, por exemplo, os professores são estimulados a olhar com cuidado os alunos extremamente quietos. Os estudantes mais agitados costumam chamar a atenção facilmente, porém aqueles que falam pouco também podem ter algum conflito que não conseguem compartilhar.

“O papel do professor não é, e não pode ser, o de fazer diagnóstico de doença. Mas contribuímos para que ele atue como ponte para o bem-estar do jovem", completa Angeli. O projeto está associado a uma pesquisa acadêmica, na Unifesp, que investiga as melhores formas de trabalhar a questão com profissionais que não tem formação na área da saúde.

O idealizador do projeto Cuca Legal, o psiquiatra Rodrigo Bressan, afirmou que entre 14% e 20 % das crianças têm algum diagnóstico psiquiátrico identificável, que geralmente tem pequena gravidade, mas já seria o suficiente para atrapalhar o desenvolvimento do aluno. “Então é fundamental que se identifique os problemas para que se possa tratar precocemente e prevenir consequências mais graves”, disse.

Para o psiquiatra, as consequências incluem queda no rendimento escolar, acompanhado do sentimento de ser mau aluno; chance de sofrer bullying e ainda problemas de sociabilidade, em que o jovem fica sem amigos e limitado do ponto de vista social.

Se identificada tardiamente, “a doença tem maior chance de tornar-se crônica e persistir na idade adulta, além de tornar-se refratária [que não responde ao tratamento] com medicações ou terapia.  A intervenção precoce evita o uso de medicações”, afirma.

“A orientação e sensibilização dos professores é fundamental”, conta Bressan. O projeto, ao longo dos dois últimos anos, demonstrou que os profissionais da educação podem aprender sobre a saúde mental, detectando sintomas e o encaminhamento para o serviço de saúde competente.

Editora: Valéria Aguiar

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário