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Justiça determina fim da greve dos professores da rede pública no DF
Criado em 25/02/15 19h02
e atualizado em 25/02/15 19h44
Por Da Agência Brasil
Edição:Stênio Ribeiro
Fonte:Agência Brasil
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou hoje (25) a imediata interrupção da greve dos professores da rede pública, iniciada na última segunda-feira (23). Com a decisão do desembargador João Egmont, o governo do Distrito Federal (GDF) está autorizado a cortar o ponto dos grevistas.
O desembargador determinou o retorno de todos os docentes às salas de aula e a liberação irrestrita do acesso às escolas, tanto para servidores quanto para a população.
Para cada caso de desobediência à ordem judicial, em cada uma das unidades de ensino, o juiz determinou multa diária de R$ 50 mil, que deverá ser paga pelo Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF).
A ação foi ajuizada pelo GDF contra o sindicato. O governo argumentou que a greve trazia prejuízos a milhares de crianças e adolescentes. A paralisação afeta mais de 460 mil alunos e 95% dos 27 mil professores da rede pública aderiram ao movimento, de acordo com o governo. O GDF acrescentou, segundo a Justiça, que está empenhado em buscar recursos para o pagamento de salários e direitos atrasados dos professores, e adiantou que obteve autorização da Câmara Distrital para antecipar R$ 400 milhões de receita, em abril.
O desembargador Egmont marcou para o dia 5 de março uma audiência de conciliação entre representantes do Sinpro-DF e do GDF.
Com benefícios como abono de férias e 13º salário atrasados, os professores da rede pública do DF decidiram, na última segunda-feira (23), fazer uma paralisação até sexta-feira (27), quando a categoria se reuniria para discutir os rumos do movimento.
Os valores atrasados são referentes ao final do ano passado e somam quase R$ 200 milhões, de acordo com o GDF. Do total, R$ 35 milhões já foram pagos e outros R$ 35 milhões serão pagos ainda este mês. A proposta do governo de Rodrigo Rollemberg - de pagar os atrasados em parcelas que vão até junho - não agrada aos professores. Por isso, eles decidiram pela greve.
O Sinpro-DF não se manifestou, até o início da noite, sobre a decisão do TJDFT.
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