one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Entidades educacionais pedem que MEC não seja usado como moeda de troca

Criado em 21/03/15 12h28 e atualizado em 21/03/15 13h22
Por Mariana Tokarnia Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

Entidades ligadas à educação pedem à presidenta Dilma Rousseff que o Ministério da Educação (MEC) não seja usado como moeda de troca e que o novo ministro esteja comprometido com o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE) e com o fortalecimento da educação pública e com o diálogo permanente com a sociedade.

Esta semana, o ex-ministro Cid Gomes deixou a pasta, após embate com parlamentares na Câmara dos Deputados. O secretário-executivo, Luiz Cláudio Costa, assumiu interinamente o MEC.

Na quinta-feira (19), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) informou, por meio de manifesto, que o MEC "não pode ser balcão de negócios ou moeda de troca para assegurar a governabilidade".

A associação sugere que o novo ministro assuma o compromisso de cumprir o PNE, em consonância com as deliberações aprovadas no documento final da Conferência Nacional de Educação (Conae) 2014.

A Anped defende o fortalecimento da educação pública e manifesta "preocupação com os rumos do Ministério da Educação, que, desde o início de 2015, evidencia um descompasso entre sua agenda política e o fortalecimento da educação pública, laica, gratuita, democrática e de qualidade socialmente referenciada".

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede que articula mais de 200 grupos e entidades distribuídas por todo o país, divulgou ontem (20) carta aberta à Dilma Rousseff, na qual sugere que a chefia da pasta "seja ocupada por pessoa que goze da necessária legitimidade política e também de amplo reconhecimento na comunidade educacional, especialmente de trabalhadores(as) em educação, gestores(as) públicos, conselheiros(as) educacionais, ativistas e pesquisadores(as)".

O documento ressalta a necessidade de um "esforço irrevogável de cumprimento do PNE", além do fortalecimento da Conae, Fórum Nacional de Educação (FNE) e outros canais efetivos de participação social. Pede também compromisso com a repactuação federativa no compartilhamento dos custos das políticas educacionais.

Também ontem, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) encaminhou carta à presidenta da República elogiando a declaração de que a escolha do novo ministro será a partir de critérios técnicos.

"Sabemos que o nome escolhido deverá carregar legitimidade política para implementar uma profícua gestão frente ao MEC e articular as ações necessárias junto ao Congresso Nacional. Esta decisão firme e acertada provocará resultados capazes de efetivar os avanços necessários na educação brasileira", acrescenta a carta. 

A Undime reúne os gestores responsáveis pela educação pública nos 5.569 municípios brasileiros. Conforme a entidade, o tema de governo Brasil: Pátria Educadora é um questão que favorece "o diálogo para concretizar novas conquistas".

Para representantes da Undime, o PNE em vigência é "desafio imposto à União, aos estados e municípios e, por isso, requer permanente diálogo, adequado planejamento e adoção de novas ações na gestão pública".

O PNE estabelece metas para serem cumpridas nos próximos dez anos. Elas vão da educação infantil à pós-graduação, incluindo a formação de professores. Entre as metas. o investimento anual de, pelo menos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação até o fim da vigência do plano.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário