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Trabalhadores em educação pedem mais recursos ao MEC

Criado em 07/07/15 17h57
Por Mariana Tokarnia Edição:Maria Claudia Fonte:Agência Brasil

Estudantes, professores e trabalhadores técnico-administrativos das instituições federais de ensino superior protocolaram nesta terça-feira (7) no Ministério da Educação (MEC) um manifesto contra os cortes no orçamento e por mais investimentos na educação pública. Eles alegam que o corte de R$ 9,4 bilhões do setor comprometeu as condições de trabalho e de estudos, além de inviabilizar atividades de ensino, pesquisa e extensão nas universidades.

Nesta manhã, cerca de 4 mil estudantes e trabalhadores em educação, segundo dados das respectivas entidades, realizaram a Caravana Nacional em Defesa da Educação Pública que caminhou pela Esplanada dos Ministérios até o MEC. Eles esperavam ser recebidos pelo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, mas acabaram tendo que protocolar o documento.

Desde o dia 28 de maio, os professores e técnicos estão em greve. A paralisação atinge 65 instituições federais no caso dos técnicos e 32 no caso dos professores.  

"A situação está insustentável dentro das universidades públicas, não há recurso para nada, os cortes foram muito profundos e a nossa luta é para reverter esses cortes", diz o presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), Paulo Rizzo. "O governo adotou o ajuste fiscal como uma política, como se essa fosse a única fórmula para resolver o problema da crise", diz Rizzo, que defende que há outros caminhos para resolver a situação econômica atual.

"Não dá para aceitar uma lógica de corte de orçamento de precarização do funcionamento, demissão de terceirizados, isso é uma situação de desmonte das universidades e também reflete nas situações de trabalho, na questão de não negociar a carreira, o salário dos professores e dos técnico-adminsitrativos. Não dá para fazer expansão sem recursos que a sustentem, não dá para fazer um ensino de qualidade se não tiver assistência estudantil para manter os estudantes nas instituições", complementa o coordenador da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Rogério Marzola.

O manifesto diz que os cortes agravaram a situação das obras inacabadas, laboratórios mal equipados e a falta de docentes e técnico-admisnitrativos. Diz ainda que houve cortes na assistência estudantil, "fundamental para a permanência de estudantes socialmente fragilizados".

À tarde, a marcha dirigiu-se ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), onde os trabalhadores em educação aguardam, com outros servidores públicos o resultado das negociações de reajuste salarial com o governo.

Segundo a Polícia Militar do Distrito Federa, são cerca de 700 trabalhadores. O reajuste deve ser definido até agosto, quando o governo enviará ao Congresso Nacional projetos de lei prevendo os gastos.

No chão, em frente ao ministério, os trabalhadores dispuseram vários cartazes pedindo melhores condições de trabalho nas várias categorias. Eles também protestam contra o o PL 4330/2004, projeto que trata de regras para a terceirização de trabalhadores, aprovado em Plenário na Câmara dos Deputados e que aguarda apreciação do Senado.

Além dos professores e técnicos estão em greve os servidores do Judiciário Federal e os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entraram hoje (7) em greve por tempo indeterminado.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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