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70 mil voluntários trabalharão nos jogos mais caros da história
Criado em 23/07/12 20h27
e atualizado em 23/07/12 20h51
Por Moreno Bastos
Fonte:Especial para EBC na Rede
Londres - No atual mundo dos esportes olímpicos, a disputa pelas vitórias e a busca pelos recordes ganhou novos panoramas e altos investimentos em patrocínios e tecnologia. No entanto, as altas somas que envolvem os Jogos Olímpicos não acabaram com uma tradição: o trabalho voluntário. Essa mão de obra, que não ganha salários e que disponibiliza parte de seu tempo durante o maior evento do esporte faz as engrenagens olímpicas funcionarem.
Na terceira edição dos Jogos na capital inglesa, que tem abertura marcada para esta sexta-feira (27), um exército de 70 mil voluntários já está pronto para trabalhar no mais caro evento olímpico da história, com investimentos de mais de R$ 30 bilhões. “Os voluntários são a alma dos Jogos Olímpicos e este tipo de trabalho faz parte do DNA de milhares de pessoas neste país", afirmou Sebastian Coe, chefe do Locog (Comitê Organizador dos Jogos Londrinos).
Se não há salário, trabalho não falta para esse grupo de ingleses e estrangeiros, que passarão as próximas semanas se dedicando em função do esporte. As atribuições vão desde a recepção de atletas e dirigentes no aeroporto, passando pela limpeza da areia das quadras de vôlei de praia, a motoristas e até guia nas acomodações da Vila Olímpica.
Turistas que chegarem à capital inglesa também poderão encontrar os “London Ambassadors”, grupo de 800 voluntários distribuídos pela cidade para tirar dúvidas dos visitantes. Também foram convocados dois mil jovens, entre 16 e 18 anos, para atuar como voluntários na Olimpíada e Paralimpíada.
Junto aos voluntários, os Jogos Olímpicos de Londres geraram a contratação de mais de 100 mil pessoas e mais seis mil funcionários diretos do Locog. Ao todo, de acordo com o órgão, Londres 2102 será movimentada por 200 mil pessoas.
Já no Brasil para a edição dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) espera contar com quatro mil funcionários, entre permanentes e temporários. A entidade também prevê 36 mil empregos na área de prestação de serviços e fornecimentos de produtos e um apoio de 60 mil voluntários. Até agora, 45 pessoas já se candidataram às vagas.
Controle das redes sociais
Por medida de segurança, durante os Jogos os voluntários foram orientados a não postarem em suas contas nas redes sociais informações sobre suas funções, nem imagens dentro dos complexos olímpicos. A medida, apesar de ter gerado polêmica, foi confirmada pelo Comitê Organizador.
“Como é padrão na maioria das organizações, nós fornecemos algumas orientações práticas para dar conselhos básicos sobre a interação em um ambiente de mídia social com o objetivo de proteger os interesses de nossa força de trabalho e funcionamento.”
O Locog, no entanto, conta com o trabalho dos voluntários para a divulgação e propagação de informações oficiais sobre as Olimpíadas e Paralimpíadas em suas paginas pessoais.
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