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Imagem: Diego del Carril/Télam

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Sem títulos, Argentina vive sob ameaças de êxodo e exclusão da Fifa

Criado em 27/06/16 12h40 e atualizado em 27/06/16 12h57
Por Edgard Matsuki Edição:Leyberson Pedrosa - Portal EBC*

Já há algum tempo, a seleção brasileira de futebol não anda bem. Depois do vexame na Copa do Mundo, a equipe conseguiu a proeza de ser eliminada na primeira fase da Copa América. Porém, a situação dos nossos vizinhos argentinos não anda muito melhor.

O pênalti “mandado para a lua” por Lionel Messi na disputa pela Copa América contra o Chile simboliza problemas que perpassam por 23 anos sem títulos, ameaça da debandada de jogadores como o próprio Messi, Di María, Mascherano e Agüero, denúncias de corrupção, ameaça de intervenção estatal na federação de futebol e até risco de exclusão da própria Fifa.

23 anos sem títulos

Apesar de ter chegado a finais de quatro Copas Américas (2004, 2007, 2015 e 2016), uma Copa das Confederações (2005) e uma Copa do Mundo (2014), a seleção argentina vive o maior jejum de títulos da sua história. O time não ganha um título desde 1993, ano em que conquistou a Copa América.

O maior período que a Argentina havia ficado sem ganhar era de 19 anos (entre a Copa América de 1959 e a Copa do Mundo de 1978). Para um país com dois títulos mundiais e 14 continentais, a seca de títulos incomoda muito.

Messi diz adeus à seleção

Um dos que mais se incomodam com o período sem títulos é o craque argentino Lionel Messi. Considerado um dos maiores da história e dono de 5 bolas de ouro, “La Pulga” precisava de um título no currículo para chegar ao patamar de outros gênios como Maradona e Pelé. Se depender do que ele falou publicamente à emissora do jogo após a nova derrota, o título será um sonho não realizado:

“É difícil, é um momento duro para qualquer análise. Mas no vestiário pensei que a seleção acabou para mim. Não é para mim. Eu tentei muito ser campeão com a Argentina. Não consegui”.

Se abandonar a seleção argentina, Messi deixará a camisa 10 como o maior artilheiro da história da “Albiceleste”. Ele marcou 55 gols, contra 54 de Batistuta, 35 de Crespo e 34 gols marcados por Maradona e Agüero. Se perder o melhor jogador do mundo, as chances da Argentina acabar com o jejum de títulos na Copa de 2018 diminui muito.

Outros jogadores também podem dizer adeus

A agência de notícias Telám apontou que Messi pode não ser o único a se despedir do futebol argentino. De acordo com uma fonte ouvida pela equipe da Télam, Mascherano, Agüero, Di María e Lavezzi também podem dizer adeus ao time. A fonte aponta que a ameaça (inclusive de Messi) teria como alvo a Federação Argentina de Futebol (AFA).

“Essa decisão tem como objetivo pressionar uma AFA sob uma crise institucional e política, que atingiu de maneira direta a equipe com problemas de organização de logística”, aponta a matéria. Até o momento, nenhum dos jogadores citados falou publicamente em sair da seleção argentina.

Denúncias de corrupção e ameaça de intervenção

Apontado como um dos motivos para o êxodo dos craques, a situação da Federação Argentina de Futebol beira o caos. Após denúncias de desvios de recursos do Programa Futebol para Todos (que garante o direito de transmissão de partidas do futebol argentino por parte do governo) na AFA, o governo do país se utilizou da Lei 22.315, que permite o envolvimento estatal em entidades quando constada a violação de leis.

Ameaça de desfiliação da Fifa

O fundo do poço do futebol no país pode acontecer se a Fifa resolver desfiliar a AFA. Isso pode acontecer porque a entidade máxima do futebol mundial não permite que governos interfiram na administração de federações nacionais de futebol.

De acordo com o presidente do Lanús (clube da primeira divisão do país), há chances reais que isso aconteça. “A AFA dependa da Fifa. A Fifa não permite intervenção judicial ou governamental. Aí houve um erro. Uma coisa correta é a investigação judicial. Intervir é outra coisa”, apontou.

Caso a federação seja desfiliada, a consequência mais imediata seria a eliminação do Boca Juniors da Copa Libertadores da América. A equipe disputa as semifinais do campeonato. Em longo prazo, a desfiliação também pode acarretar na exclusão da seleção das eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

*com informações da Agência Télam e AFA

Creative Commons - CC BY 3.0

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