Boxe: conheça as regras e a história da modalidade

Criado em 01/07/16 19h10 e atualizado em 15/07/16 18h56
Por Portal EBC

O boxe foi por muito tempo chamado de “a nobre arte”. Talvez pela elegância dos movimentos dos boxeadores quando estão sobre o ringue, esquivando dos golpes do adversário. Como regra geral, só é permitido acertar socos nos adversários da cintura para cima. O esporte é organizado em uma série de torneios divididos por categorias, limitadas por peso.

A modalidade faz parte do calendário olímpico desde os Jogos de Saint Louis, em 1904. Desde então, passou por algumas mudanças importantes: o uso do capacete, por exemplo, foi introduzido nos Jogos de Los Angeles, em 1984 ; a adesão ao sistema eletrônico de pontuação aconteceu em Barcelona, no ano de 1992; e a uniformidade da pontuação das lutas, em Pequim 2008.

Outra alteração recente foi a introdução do boxe feminino em três categorias: mosca (até 51kg), leve (até 60kg) e meio-pesado (até 75kg). A inclusão das mulheres ocorreu na última edição dos Jogos, em Londres em 2012.

Para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, a Federação Internacional de Boxe (AIBA) aprovou uma mudança na regra que permite a participação de lutadores profissionais nos Jogos pela primeira vez. Para isso, é preciso atender a alguns critérios e participar ativamente da APB (AIBA Pro Boxing), liga profissional da federação. Além disso, o uso de capacete e camisetas em lutas masculinas foi banido.

No total, serão 250 homens, distribuídos em dez faixas de peso. Já no boxe feminino contará com a presença de 36 pugilistas em três categorias. Nos Jogos Olímpicos do Rio, as disputas da modalidade acontecem entre os dias 6 e 21 de agosto, no Pavilhão 6 do Riocentro.

O boxe requer o uso dos seguintes equipamentos: luvas, capacetes e protetor bucal. O duelo masculino é disputado em três rounds de três minutos cada, enquanto as lutas femininas têm quatro rounds de dois minutos. Ao final de cada round, cinco juízes atribuem notas aos dois pugilistas, mas o resultado só é revelado ao final do combate.

Um boxeador recebe dez pontos a cada round vencido, enquanto o perdedor ganha entre seis e nove pontos. Aleatoriamente, um computador seleciona as notas de três dos cinco árbitros, e o placar definitivo é obtido ao final do combate. Diferente do boxe profissional, nos Jogos Olímpicos a duração das lutas é bem mais curta: para os homens são três rounds de três minutos cada. Para as mulheres, são quatro rounds de dois minutos.

Como o sistema é eliminatório, quem perder vai ficando pelo caminho, até sobrarem apenas os dois finalistas. No boxe, não há disputa de terceiro e quarto lugar: os derrotados nas semifinais também garantem medalhas de bronze.

Os maiores medalhistas olímpicos são Teófilo Steveson e Félix Savón, de Cuba, e Lázló Papp, da Hungria, com três medalhas para cada. Até hoje, os Estados Unidos são o país com melhor retrospecto na modalidade, com 49 medalhas de ouro desde os Jogos de Saint Louis, em 1904. As competições internacionais oficiais de boxe são regidas pela Federação Internacional de Boxe (AIBA). No Brasil, a responsável é a Confederação Brasileira de Boxe.

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