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Profissionais questionam novas regras que incentivam o parto normal
Criado em 13/01/15 10h25
Por Rádio Nacional de Brasília
A forma escolhida pelo Governo Federal para enfrentar o alto número de cesarianas na saúde suplementar, foi inapropriada na visão do Conselho Federal de Medicina (CFM). Segundo o vice-presidente da instituição, Mauro Ribeiro, é prioritário que existam normas de incentivo ao parto normal, mas que o caminho escolhido pelo Ministério da Saúde é questionável. "Não se resolvem problemas complexos com atitudes simples", pondera.
Segundo Ribero, o Governo não ouviu a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e nem as entidades médicas como o Conselho Federal de Medicina (CFM), e ainda "tentou jogar toda a culpa do alto índice de partos cesarianas sobre os obstetras brasileiros, o que é uma grande injustiça". O profissional acredita que os médicos tenham alguma responsabilidade neste índice, mas que esses dados não podem ser computados apenas na conta dos médicos.
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Na visão do CFM, a escolha entre parto normal e cesariana tem que ser uma decisão compartilhada, entre médico e gestante, "sendo o parto normal o preferencial e menos traumatizante, mas também não é isento de risco", pontua Mauro.
Ouça a entrevista completa de Mauro Ribeiro ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional de Brasília:
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