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Criança comendo hamburguer

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Crescimento nos índices de obesidade infantil é novo desafio para o Brasil

Criado em 11/08/15 11h22 e atualizado em 11/08/15 11h32
Por Fundação Abrinq

Um novo problema tem surgido com relação à saúde de nossas crianças no Brasil. A obesidade infantil está cada vez mais presente em nossa sociedade, tornando esse um grande desafio para os próximos anos.

Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional*, do Ministério da Saúde, mostram que, em 2013, aproximadamente 8% de todas as crianças de 0 a 5 anos eram consideradas obesas no Brasil. Em números absolutos, eram 345.270 crianças nessa condição, dentro da faixa etária, o que representa um aumento de 79,3% desde 2008.

A nutricionista Andréa Santa Rosa destaca os maus hábitos alimentares como a principal causa do aumento. “Cada vez mais a indústria alimentícia lança no mercado produtos que colaboram para o aumento na obesidade no país. Há um excesso de carboidratos refinados (açúcar invertido, maltodrextina, frutose, açúcar branco, xarope de glicose), gordura trans, hidrogenada, saturada, corante, edulcorantes e outras substâncias artificiais que são inseridos nos produtos sem necessidade”, afirma.

Segundo a nutricionista, uma alimentação inadequada da mãe durante a gestação, e a introdução à alimentação complementar sem orientação de um profissional também contribuem para o desenvolvimento da obesidade infantil.

“A rejeição por alguns alimentos é comum na criança que está começando a alimentação completar, afinal ela passou os seis primeiros meses de vida se alimentando apenas do leite materno. Cabe à mãe ser firme e não desistir de oferecer frutas, legumes e verduras, o que não acontece na maior parte das vezes, pois há uma preocupação do filho ficar com fome e perder peso”, diz.

E as consequências da obesidade para a saúde da criança são grandes. “O aumento da prevalência de obesidade nesta faixa etária é preocupante devido a associações metabólicas, cardiovasculares, pulmonares, ortopédicas e psicológicas. E o excesso de peso na infância é um fator de risco para o desenvolvimento da obesidade na vida adulta, ou seja, há um risco aumentado da criança obesa permanecer nesta condição”, explica Cintia Cunha, nutricionista e técnica da equipe de saúde da Fundação Abrinq.

A melhor maneira para enfrentar o problema é com uma drástica mudança nos hábitos alimentares.

“O aleitamento materno é considerado um aliado na prevenção da obesidade infantil. Além disso, alimentos como bolachas, salgadinhos, doces, refrigerantes, sucos artificiais e demais guloseimas devem ficar fora do cardápio diário, incluindo alimentos nutritivos e ricos em fibras como frutas, verduras, legumes, cereais, leites e derivados, e a ingestão de água”, afirma Cintia.

Já Andréa, destaca que os pais têm um papel fundamental para que as crianças tenham uma alimentação saudável. “É preciso enfatizar o papel dos pais na alimentação dos filhos. É de extrema importância que o exemplo venha deles, de dentro de casa”.

Poder Público

As duas nutricionistas concordam que, apesar da importância dos pais nesta questão, o poder público também tem responsabilidade na educação alimentar. “Os pais são os principais exemplos das crianças, mas acredito que a responsabilidade deva ser de todos. Afinal, os órgãos públicos e as escolas também possuem relação direta com a educação infantil”, declara Andréa.

“A obesidade é considerada um problema grave de saúde pública, devido a sua elevada prevalência. Deste modo, torna-se necessário implementar medidas de prevenção, como implantação de uma politica de saúde que envolva educação nutricional, estruturas para práticas recreativas, e legislação apropriada para rotulagem e publicidade de alimentos”, afirma Cintia. “A educação nutricional é uma estratégia valiosa e tem grande importância na promoção de hábitos saudáveis desde a infância”, completa.

Creative Commons - CC BY 3.0

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