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Conheça a vida de Athos Bulcão, autor de obras que são a marca de Brasília
Criado em 06/08/15 11h01
e atualizado em 06/08/15 11h29
Por História Hoje
Fonte:Radioagência Nacional
Athos Bulcão era um artista de rara sensibilidade. Foi pintor, escultor e desenhista. Deixou sua marca inconfundível na construção da capital da República.
Athos Bulcão nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de julho de 1918. Ainda jovem deixou o curso de medicina para se dedicar as artes visuais.
Sua primeira exposição individual aconteceu em 1944 na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil na capital carioca. Tornou se amigo de Burle Marx, Calros Scliar e Bianco.
Como a arte lhe rendia poucos recursos, ingressou no Serviço de Documentação do Ministério da Educação onde fez ilustração de catálogos, e livros, entre eles, o Encontro Marcado e A Cidade Vazia do mineiro Fernando Sabino.
Com o trabalho consagrado passou também a desenhar capas para as revistas Brasil Arquitetura e Módulos de Arquitetura, além de cenários de peças teatrais.
Inquieto, em 1952 começou a recortar imagens fotográficas de origens diversas e montou novos conjuntos por ele fotografados. Suas fotomontagens surpreendem pela lógica que surgem das imagens associadas.
Em 1958, com a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Foi a oportunidade que esperava. Com essa parceria se tornou um dos principais artistas a desenvolver uma obra de arte integrada a Arquitetura.
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Cláudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas.
Athos Bulcão recebeu vários prêmios e condecorações pelo conjunto da obra, como a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura, em 1995.
Faleceu em 2008, aos 90 anos de idade, no Hospital Sarah Kubitschek em Brasília, devido a complicações do mal de Parkinson.
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