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Com chuvas abaixo da média, Cantareira pode secar em quatro meses

Criado em 20/01/15 11h22 e atualizado em 20/01/15 16h17
Por Fernanda Cruz Edição:Denise Griesinger

Projeções do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) revelam que, caso as chuvas na região do Sistema Cantareira continuem até 50% abaixo da média e a captação se mantenha nos níveis atuais, esse manancial poderá secar daqui a quatro meses, no início de junho.

O centro, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, traçou modelos baseados em diferentes cenários de precipitação e captação. Para a projeção, foi analisada a rede de 33 pluviômetros automáticos instalados nas bacias de captação do Cantareira, em Jacareí, Cachoeirinha e Atibainha.

De acordo com Adriana Cuartas, hidróloga e pesquisadora do Cemaden, foram traçados cinco panoramas levando em conta as possíveis incidências de chuva. Os pesquisadores compararam os resultados com a série histórica de precipitações, desde 2004, disponibilizada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

 

Sistema Cantareira
Vista do Sistema Cantareira em novembro de 2014 (Mídia NINJA)

Em janeiro, o índice de chuvas no Cantareira mostra-se pior que o cenário projetado pela pesquisadora. Até hoje (20), choveu apenas 60,9 milímetros desde o início do mês, o equivalente a 22,5% da média histórica para janeiro. “Vamos esperar o mês terminar para fazer a projeção. Estamos monitorando, avaliando e vendo o que acontece em janeiro para renovar as projeções”, disse. O nível dos reservatórios caiu de 5,8% ontem para 5,6% hoje.

Segundo Adriana, no trimestre que inclui os meses de outubro, novembro e dezembro, choveu 60% da média histórica. Num cenário otimista, de chuvas dentro da média histórica, o volume morto do Cantareira não secaria, mas permaneceria em níveis críticos. “O sistema não conseguira voltar para o volume útil”, esclarece. Nesse caso, o manancial dependeria da próxima estação chuvosa para se recuperar, a partir de 30 de setembro.

Na opinião da especialista, o ideal é reduzir a captação, o que significa diminuição no consumo ou aumento do racionamento. “Um dos cenários [traçados pelos pesquisadores] mostra que precisa diminuir muito a captação para não ficarmos numa situação perigosa”.

*Colaborou o repórter Bruno Bocchini

Creative Commons - CC BY 3.0

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