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Pezão: Legalização das drogas não vai acabar com violência do tráfico
Criado em 07/08/15 20h50
e atualizado em 07/08/15 21h13
Por Da Agência Brasil
Edição:Jorge Wamburg
Fonte:Agência Brasil
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (7) que enquanto houver consumidores a violência gerada pelo tráfico de drogas vai continuar. Pezão disse também que não acredita na legalização de entorpecentes como uma solução para o problema. O governador fez as declarações durante a inauguração da Nova Avenida do Contorno, em Niterói.
"A polícia está trabalhando e enfrentando a marginalidade, mas enquanto houver consumo, as pessoas procurando a droga, se viciando, vai ter a guerra pelo tráfico. A boca de fumo dá muito dinheiro: uma boca de fumo da Rocinha dá R$ 2 milhões por semana. Não é trivial ter R$ 100 milhões no faturamento sem colher imposto, sem nada, dentro da zona sul do Rio de Janeiro. Então, essa guerra vai continuar, infelizmente", disse o governador do Rio.
Pezão afirmou ainda que o Rio não está preparado para discutir a legalização das drogas. "Não acredito que seja o melhor caminho agora. Tenho visto alguns países que liberaram a maconha recuando. A própria Holanda tem hoje muita gente defendendo o recuo, por causa de pessoas que partiram para drogas mais pesadas. Alguns locais estão discutindo muito essa liberação e eu acho que, hoje, não estamos preparados. A cultura do crime, da droga, foi há 30, 40 anos instalada dentro dessas comunidades, muito perto do asfalto; então, sinceramente, não sou favorável a essa liberação das drogas".
A Nova Avenida do Contorno, um dos principais eixos viários da Região Metropolitana do Rio, vai beneficiar diariamente mais de 99 mil veículos, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres. O trecho inaugurado hoje, de 2,2 quilômetros, melhorará a mobilidade no transporte, o acesso à ponte Rio-Niterói e a circulação entre as duas cidades e outras da Região Metropolitana, como São Gonçalo. A obra, iniciada em 2013, teve investimento de R$ 90 milhões e gerou cerca de 250 empregos.
"Estamos solucionando um gargalo histórico na região metropolitana, que deu muito trabalho e precisou de muito esforço dos governos”, disse o secretário de Obras do estado, Carlos Roberto Osório.
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