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diretor executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, visita a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo

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Ex-traficantes vão contar suas experiências em eventos da ONU

Criado em 07/05/13 22h24 e atualizado em 08/05/13 07h18
Por Cristina Indio do Brasil Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

visita do diretor da UNODC ao Rio de Janeiro
diretor executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC), Yury Fedotov, visita a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho/Cantagalo (Tânia Rego/ Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Ex-integrantes de quadrilhas de tráfico de drogas do Rio poderão relatar suas experiências de superação, ao largar o crime, em eventos da Organização das Nações Unidas (ONU). O convite foi feito pelo diretor executivo do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Yury Fedotov. A ideia, segundo Fedotov, é que eles compartilhem essas experiências.

"Vamos organizar isso com o Rafael [Rafael Franzini-Batlle, representante do Escritório de Ligação e Parceria, que funciona em Brasília, e faz parte do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime] e com o Afroreggae [organização não governamental-ONG] em alguns eventos em Nova York ou em Viena”, disse.

“A partir desse nosso encontro aqui a gente está em comunicação com o projeto para acertar isso. A gente tem experiência com o tráfico humano e nos nossos eventos temos a presença de representantes de ONGs e de vítimas que contam as suas experiências e porque não com pessoas que estavam envolvidas com o tráfico internacional de drogras? ", indagou o diretor da ONU.

O convite foi feito durante uma visita de Fedotov ao Centro Cultural Afroreggae, que funciona na comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, na zona sul da cidade. No encontro os ex-traficantes relataram suas experiências e como participam, agora, do projeto Comandos e Empregabilidade do Afroreggae.

Roseli dos Santos Costa ainda está presa, cumpre pena de 32 anos. Ela sai da unidade prisional pela manhã para trabalhar como supervisora do Afroreggae e volta à noite. "Pra mim a maior dificuldade de largar a vida do crime era a condição financeira e a falta de dar ordens, mas eu consegui", disse a ex-traficante que tem 45 anos e se envolveu com o tráfico aos 12 anos.

Daniela, de 35 anos, relatou ser parte das estatísticas de mulheres que entram para o crime por causa de maridos e namorados. Segundo ela, isso ficou para trás e agora trabalha para ajudar ex-presidiários. "Hoje faço curso de administração e tenho a oportunidade de colocar egressos do sistema penitenciário no mercado de trabalho", revelou. João Paulo, que também largou o tráfico, disse que estuda em uma faculdade de direito e é coordenador do Projeto Empregabilidade do Afroreggae " Se não fosse o Afroreggae, hoje ou eu estaria morto ou na cadeia", ressaltou.

O secretário estadual de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Zaqueu Teixeira, que chefiou a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que também participou do encontro, agradeceu a cada um deles pelo trabalho que fazem atualmente. " Vocês tiveram a coragem de dar um salto grande e se libertar de tudo aquilo que não era o caminho de uma sociedade melhor. Vocês estão fazendo a diferença", disse.

Antes do encontro no Centro Cultural Afroreggae, Yury Fedotov e Rafael Franzini-Batlle estiveram Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Pavão-Pavãozinho e Cantagalo. Eles foram recebidos pelo comandante da unidade, Major Felipe Lopes Magalhães dos Reis, e pela presidenta do Instituto Pereira Passa, da prefeitura do Rio, Eduarda La Rocque.

Os representantes da ONU assistiram ao vídeo sobre o trabalho das UPPs no Rio de Janeiro e conheceram as estatísticas do trabalho da UPP Social que é feito nas comunidades pacificadas em parceria com as Nações Unidas. Citando o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, Eduarda La Rocque disse que "não basta chegar com a polícia nas comunidades tem que promover a integração com a população".

Edição: Aécio Amado

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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