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Secretaria de Direitos Humanos critica atuação da PM no Complexo da Maré

Criado em 27/06/13 16h37 e atualizado em 27/06/13 17h42
Por Carolina Sarres Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Polícia ocupa Complexo da Maré
O Complexo da Maré foi ocupado na madrugada de segunda-feira (25) por cerca de 500 homens do Bope, do Batalhão de Choque, da Força Nacional e do Batalhão de Ação com Cães. (Oberservatório de Favelas)

Brasília - A ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria do Rosário, disse hoje (27) se preocupar com a atuação da Polícia Militar (PM) nas últimas semanas, especialmente na atuação no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, que deixou dez mortos. Para ela, a polícia no Brasil tem de ser menos violenta e trabalhar de acordo com uma perspectiva de inteligência, identificando onde estão os grupos criminosos e debelando quadrilhas.

"[A polícia] não pode ir entrando simplesmente em atitude repressiva contra quem quer que seja", disse a ministra, em relação à atuação da PM no complexo de favelas do Rio, entre ontem (26) e a última segunda-feira (24), quando traficantes na comunidade e policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trocaram tiros, deixando dez mortos e seis feridos.

No dia seguinte à ação policial, os moradores do complexo pediram ao governo do estado um pedido público de desculpas. Ontem (26), um grupo de manifestantes se reuniu em frente à Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio em protesto ao que consideraram um excesso da ação policial.

Ouça depoimento do coordenador da ONG Observatório de Favelas, Jailson de Souza, sobre a ação da polícia no Complexo da Maré

Também ontem, a Corregedoria Interna da PM abriu um inquérito para apurar a conduta dos policiais do Bope durante a operação na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré. De acordo com o inquérito, três dos dez mortos eram moradores da comunidade, sem ficha criminal, e um era um policial militar.

CDDPH recomenda fim dos "autos de resistência" e "resistência seguida de morte"
Ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário. (Fabio Rodrigues Pozzebom)

"Estamos solicitando que a investigação seja feita de forma séria e dedicada. Três pessoas já foram identificadas sem qualquer antecedente criminal. Mas mesmo no caso daqueles que tinham registros anteriores nas polícias, é preciso identificar, porque, neste momento, não sei se eram foragidos", explicou Maria do Rosário.

Para a ministra, a polícia tem de agir melhor nas favelas e ser mais próxima da comunidade. Segundo ela, o registro de atos de resistência em qualquer ação, inexistindo investigações sobre os atos dos envolvidos, fomenta a violência na sociedade.  "Precisamos de uma reforma nas polícias, que constitua polícias menos violentas. Isso significa melhores condições de trabalho, mais direitos para os policias no exercício do trabalho, mas menos violência contra a população negra e pobre", finalizou.

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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