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O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, diz que Paraguai só volta à Unasul após novas eleições presidenciais

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Itamaraty convoca embaixador britânico para tratar da retenção de brasileiro em Londres

Criado em 19/08/13 13h52 e atualizado em 19/08/13 16h40
Por Vitor Abdala Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

Antonio Patriota
Para Patriota, não há explicação razoável para o que ocorreu no aeroporto londrino (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Rio de Janeiro – O Ministério das Relações Exteriores convocou na manhã de hoje (19) o embaixador britânico em Brasília, Alexander Ellis, para demonstrar a insatisfação do governo brasileiro em relação à retenção de David Michael Miranda por nove horas no Aeroporto de Heathrow, em Londres, ontem. A informação foi divulgada há pouco pelo chanceler Antonio Patriota.

Para Patriota, não há explicação razoável para o que ocorreu no aeroporto londrino. “Não há justificativa para o tratamento que foi dado a um cidadão brasileiro sobre quem não pesa qualquer suspeita de envolvimento com o terrorismo ou outra atividade ilícita, retido durante nove horas incomunicável. Esperamos que isso não se repita. Será muito importante transmitirmos isso de maneira muito clara ao governo britânico”.

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Patriota também pretende conversar ainda hoje com o chanceler britânico, William Hague, sobre a detenção do cidadão brasileiro. Ele participou no Rio de uma cerimônia em homenagem a Sérgio Vieira de Mello, brasileiro que morreu há dez anos em atentado terrorista em Bagdá, quando chefiava a representação das Nações Unidas no Iraque.

Antes de conversar com a imprensa no Rio de Janeiro, Patriota havia criticado “desmandos e desvios” que vêm sendo cometidos em nome do combate ao terrorismo no mundo, em discurso durante o evento. O chanceler brasileiro disse que o combate ao terror deve respeitar o direito internacional.

O brasileiro David Miranda é companheiro do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que denunciou, em matérias publicadas no jornal britânico The Guardian, a estratégia de ciberespionagem do governo dos Estados Unidos. As reportagens foram baseadas em documentos fornecidos por Edward Snowden, ex-funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviços à Agência de Segurança Nacional norte-americana (NSA).

Greenwold disse hoje, na chegada de David Miranda ao Rio, que o episódio era uma forma de intimidá-lo. O brasileiro desembarcou  cedo no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão. Ele contou que foi abordado no aeroporto de Londres por vários homens que lhe disseram que seria levado a uma sala para ser interrogado. “Fizeram perguntas sobre a minha vida inteira e ainda levaram o meu computador, o videogame, celular, máquina fotográfica e cartões de memória”, relatou.

Edição: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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