one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro.

Imagem:

Compartilhar:

STJ isenta União de indenizar empresa por desapropriação de terreno do Galeão

Criado em 18/09/13 10h51 e atualizado em 18/09/13 11h04
Por Danilo Macedo Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil

Galeão
Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, no Rio de Janeiro. (slasher-fun / Creative Commons)

Brasília - A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) isentou a União de indenizar a Companhia Brasília S/A, em mais de R$ 17 bilhões, pela desapropriação das terras onde foi construído o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. A desapropriação foi decretada em 1930, com a transferência das terras à Aeronáutica em 1944. Segundo o relator, a empresa, que está em processo de liquidação, perdeu o direito de cobrar o valor por força de prescrição. A decisão final foi tomada na semana passada, mas divulgada ontem (17) pelo STJ.

Leia mais no Portal EBC:

Aeroportos do Galeão e de Confins serão leiloados no dia 31 de outubro

TCU aprova estudos de aeroportos de Confins e Galeão

O processo tramitou na Justiça por mais de 60 anos. A Companhia Brasília propôs a ação contra a União em 1951. Em 1979, a Justiça condenou a União a pagar a indenização por desapropriação indireta. O processo, que chegou a passar pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 1973, teve uma fase de liquidação entre 1979 e 1989. Em 1998, seu valor chegava a R$ 16,9 bilhões, mas a Companhia Brasília não pediu judicialmente o pagamento dos recursos.

Segundo o relator do processo, ministro Mauro Campbell, após homologada a liquidação da sentença, em abril de 1990, o autor teria 20 anos para promover a execução. “A Companhia Brasília teve 20 anos para dar início à ação de execução e obter a citação da União, até mesmo para que eventualmente fossem oferecidos embargos à execução do julgado, o que não ocorreu. Todavia, o lapso prescricional correu na sua integralidade, não tendo ocorrido qualquer causa interruptiva da prescrição da pretensão executiva”, disse.

A Segunda Turma do STJ seguiu o relator em votação unânime, poupando os cofres públicos do pagamento de mais de R$ 17 bilhões. Entre as peculiaridades do processo, consta o extravio dos autos da Justiça Federal no Rio de Janeiro depois que, aparentemente, o advogado da Companhia Brasília os retirou, em 1997, e não os devolveu. Apenas após quatro anos, um pastor evangélico os entregou no cartório da Justiça Federal, informando tê-los encontrado em um banco de igreja.

Edição: Graça Adjuto

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário