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Brasil tem os maiores juros de cartão de crédito da América Latina

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Torcedor irlandês enfrenta dificuldades para assistir à Copa do Mundo no Brasil

Criado em 22/04/14 14h33 e atualizado em 02/01/15 17h22
Por Alana Gandra Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

A bola ainda não começou a rolar nos gramados, mas pelo menos um torcedor estrangeiro já enfrenta sérias dificuldades para assistir aos jogos da Copa do Mundo, cuja abertura está marcada para o dia 12 de junho próximo, em São Paulo.

Tão logo chegou ao Brasil, no último dia 2, o irlandês Daniel Shean teve o seu cartão de débito do banco Allied Irish, com agência na cidade de Dublin, clonado por uma quadrilha, em um terminal do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim.

Ele tomou conhecimento do fato, entretanto, três dias depois, quando o cartão não funcionou. Ao ligar para a operadora Visa, esta informou que haviam sido comprados vários produtos naqueles dias com o cartão, incluindo artigos eletroeletrônicos como  refrigeradores e aparelhos de televisão. Somente após explicar que não havia feito compra nenhuma, a operadora bloqueou o cartão de débito do torcedor.  Foram quase 3 mil libras (em torno de R$ 11.850 no câmbio turismo de hoje) desviadas de sua conta.

Com o cartão de crédito que também possui, ele está conseguindo “se virar”, pagando contas de amigos que tem feito na cidade, em troca de dinheiro em espécie.  Em entrevista concedida hoje (22) à Agência Brasil, Shean disse ter falado do caso com a polícia, mas até agora não obteve nenhum resultado. Ele leu na internet que caso semelhante ocorreu em 2006 ou 2007, no mesmo aeroporto, e os ladrões foram presos. “O sistema permite aos ladrões operarem máquinas de ATM (caixa eletrônica)”, criticou.

Daniel Shean é fã do futebol brasileiro, que acompanhou em cinco Copas (África do Sul, França, Alemanha, Estados Unidos e México). Nesta Copa,  já tem oito ingressos  para jogos em Brasília, incluindo a partida entre Brasil e Camarões, no dia 23 de junho.  Se tiver oportunidade, ele pretende comprar mais ingressos. Shean  esteve presente também, no país, na Copa das Confederações, no ano passado.

Informou que para tornar o quadro ainda pior, o banco onde tem conta na Irlanda, não envia o novo cartão de débito para ele, aqui no Brasil. “O banco só manda para minha mãe, em Londres”, explicou. O que ocorre é que a mãe de Shean tem 90% de deficiência visual e precisa encontrar alguém que possa mandar o cartão para o filho. “Ele (banco) me abandonou. Fiquei duas noites dormindo na praia, na semana passada”.

Além de todas as dificuldades que tem enfrentado, o torcedor irlandês se ressente da falta de roupa limpa. “A coisa mais difícil é quando não tem roupas limpas”, disse. Achou  extremamente caro uma lavanderia cobrar em torno de R$ 25 para lavar um quilo de roupa. “É muito”.

No momento, ele está em uma pousada, em Botafogo, na zona sul do Rio, e no mês  que vem irá para Brasília, onde ficará na casa de um amigo para assistir aos jogos.

A Polícia Civil, que responde pela segurança pública no Galeão, orientou os torcedores que venham a passar pelo mesmo problema que Dean Shean, que procurem imediatamente a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), onde serão atendidos por pessoal especializado. No caso de clonagem de cartões, uma vez feita a denúncia, os investigadores  procederão ao levantamento das câmeras de segurança do aeroporto que operavam no dia e hora, para tentar identificar os criminosos. A partir daí, é feito um monitoramento permanente na área visando a prisão dos criminosos.

Procurada pela Agência Brasil, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que não tem um levantamento de clonagem de cartões em aeroportos do país. Por meio de sua assessoria de imprensa, a  entidade listou algumas recomendações que todos os portadores de cartões devem seguir, com vistas a ter maior segurança nas operações. Uma das orientações é que clientes de bancos deem preferência à utilização de caixas automáticos instalados em locais de grande movimentação “e, se possível, em ambientes internos (shoppings, lojas de conveniência, postos de gasolina). O mesmo ocorre em relação aos aeroportos.

Outra dica da diretoria de Comunicação da Febraban é que a pessoa esteja atenta ”à presença de pessoas suspeitas ou curiosas no interior da cabine ou nas proximidades. Na dúvida, não faça a operação”.

 

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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