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O tatu-bola, que é uma espécie sensível às alterações do meio ambiente, perdeu mais de 50% de seu habitat nos últimos dez anos

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Animal símbolo da Copa ganha plano para conservação

Criado em 13/06/14 12h23 e atualizado em 02/01/15 16h32
Por Andreia Verdélio Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Manaus preparada para a Copa 2014
Fuleco, um tatu-bola, é o mascote da Copa 2014 (Agnaldo Oliveira Júnior/ Portal da Copa)

Com o início da Copa do Mundo no Brasil, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promove o Plano de Ação Nacional (PAN) para a conservação do tatu-bola, mascote oficial do evento. O PAN Tatu-bola tem como objetivo a redução do risco de extinção do Tolypeutes tricinctus, o tatu-bola-do-Nordeste, e a avaliação adequada do estado de conservação do Tolypeutes matacus, o tatu-bola-do-Centro-Oeste.

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O tatu-bola faz parte de um grupo de 11 espécies de tatu existentes no Brasil e é primo do tamanduá e das preguiças. As principais ameaças à sobrevivência, principalmente, a caça predatória e destruição do habitat causadas pela expansão da agropecuária, intensificada na última década.

Ele ganhou esse nome pois tem três cintas móveis no dorso, que o permite fechar completamente sua carapaça, formando uma bola. Esse é seu mecanismo de defesa contra predadores naturais.

O T. tricinctus, espécie exclusivamente brasileira, vive nos ambientes da caatinga e cerrado e integra a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, classificada como 'em perigo', e a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), na categoria 'vulnerável'.

A meta do ICMBio, durante os cinco anos de vigência do plano, é reduzir o risco de extinção do T. tricinctus, elevando-o, pelo menos, à categoria de 'vulnerável'.

Já o T. matacus habita o Pantanal e áreas vizinhas de cerrado, porém é mais comum na Bolívia, Argentina e Paraguai. Com o PAN, esta espécie será melhor estudada, uma vez que encontra-se na categoria Dados Insuficientes, por falta de informações em sua área brasileira.

Para atingir a meta, foi criado um Grupo de Assessoramento Estratégico e estabelecidas 38 ações, em seis objetivos específicos: atualizar as áreas de ocorrência das espécies de tatu-bola e avaliar suas principais ameaças; mobilizar as comunidades locais e a sociedade em geral, sobre a importância da proteção da espécie; ampliar o conhecimento sobre a biologia e a ecologia para o direcionamento de estratégias de conservação; ampliar, qualificar e integrar a fiscalização para coibir a caça; reduzir a perda de habitat nos próximos cinco anos e promover a conectividade entre as populações do tatu-bola-do-Nordeste.

Os PANs são instrumentos de gestão para troca de experiências entre entidades com o intuito de orientar as ações prioritárias para conservação da biodiversidade. É uma ferramenta definida pelo governo a partir do Programa Pró-Espécie, instituído em fevereiro deste ano, que busca minimizar ameaças e o risco de extinção de espécies.

Existem, no momento, 44 planos de conservação de espécies ameaçadas sendo implantados pelo ICMBio em todas as regiões do Brasil, envolvendo 362 tipos de animais dos biomas marinho, Caatinga, Cerrado, Amazônia, Pampa e Pantanal. O PAN Tatu-bola foi anunciado formalmente em 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, junto a outras medidas do Ministério do Meio Ambiente para a preservação de espécies ameaçadas, incluindo o tatu-bola. O pacote de ações de proteção da fauna brasileira foi publicado no Diário Oficial da União.

A elaboração do PAN Tatu-bola foi coordenada pelo ICMBio, com o apoio da Associação Caatinga e do Grupo Especialista em Tatus, Preguiças e Tamanduás da IUCN e colaboração de representantes de outras 15 instituições. O plano será coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação do Cerrado e Caatinga, com coordenação executiva da Associação Caatinga.

Editor: Denise Griesinger

Creative Commons - CC BY 3.0

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