one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


O lixão funcionava próximo ao Aterro de Gramacho

Imagem:

Compartilhar:

Inea fecha lixão clandestino na Baixada Fluminense

Criado em 20/06/14 19h02 e atualizado em 20/06/14 19h08
Por Da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) fechou hoje (20) um lixão clandestino em Jardim Gramacho, município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Depois de receber denúncias sobre o despejo irregular de lixo produzido por grandes empresas, o Inea fez blitz no local e multou dois caminhões em atividade, sem o manifesto de resíduos -- documento obrigatório para o descarte de entulho de obras. A ação envolveu técnicos do Inea e da prefeitura local, além de policiais militares, sob a coordenação da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA).

A operação conjunta foi articulada para combater, de uma vez por todas, o despejo clandestino de lixo produzido por empresas, shoppings e indústrias que contratam transportadores irregulares para descartar o lixo em terrenos baldios controlados pelo tráfico. Para o despejo clandestino, os traficantes cobram em média R$ 60,00 por tonelada, valor inferior ao estipulado pelos aterros sanitários. Segundo o titular da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), coronel José Maurício Padrone, o despejo ilegal do lixo propicia ganho a muita gente, menos ao meio ambiente.

“Nos aterros clandestinos, para cada caminhão de lixo é cobrada uma taxa, e com isso ganham todos - catadores, transportadores, traficantes e milicianos - menos o meio ambiente. Eles fazem [o despejo] de madrugada, das 23h às 5h, justamente para burlar a fiscalização, porque sabem que não tem fiscalização [nesse horário] e o tráfico todo dá cobertura a esses locais. O tráfico recebe dinheiro, os catadores também recebem e a empresa também lucra. Então, é um ciclo em que todo mundo ganha, só quem perde é o meio ambiente”, ressaltou.

A atividade clandestina, próxima ao local onde funcionou o antigo lixão de Gramacho, desativado há dois anos, foi fechada. O Inea instalou barreiras de ferro, concretadas no chão, e abriu buracos para impedir o acesso de caminhões. De acordo com o coronel, as famílias que vivem da catação do lixo clandestino serão realocadas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida, e o monturo lá despejado será transferido para o aterro sanitário de Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.

Padrone disse que até o final do mês que vem será concluído um projeto estadual, em parceria com a prefeitura de Duque de Caxias, para realocar os catadores de lixo e reordenar a ocupação da área. "A prefeitura está vendo", segundo ele, "se os recursos serão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou do Fundo Estadual de Conservação Ambiental". A expectativa, acrescentou, é que a reurbanização de Jardim Gramacho seja iniciada em 2015, e revelou que existe também um projeto de monitoramento das entradas do bairro com câmeras, integrado ao sistema de segurança pública do município.

Segundo o secretário de Meio Ambiente de Duque de Caxias, Luiz Renato Vergara, o projeto vai beneficiar moradores que vivem nas localidades do lixão clandestino. O projeto de urbanização do Jardim Gramacho prevê gastos de aproximadamente R$ 200 milhões, pois envolve a construção de 600 unidades residenciais, recuperação ambiental do mangue e o reassentamento das famílias de catadores, explicou.

Vergara disse que desde o fechamento do lixão de Gramacho, os ex-catadores vivem em condições subumanas. Além disso, o governo precisa gerar empregos para essas famílias e fazer o reassentamento delas: "Muita gente, infelizmente, vive desse lixo. A gente precisa gerar uma outra fonte de renda. A ideia é incentivar as cooperativas para fazer a coleta seletiva aqui no município. Precisamos fazer com que as pessoas que ainda moram na área de mangue - que é área de preservação junto ao lixo - sejam reassentadas, e gerar empregos para elas", disse.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário