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Polícia cerca consulado uruguaio para prender ativistas no Rio
Criado em 21/07/14 16h27
e atualizado em 21/07/14 16h45
Por Isabela Vieira
Edição:Beto Coura
Fonte:Agência Brasil
A decisão de conceder ou não asilo político à advogada Eloisa Samy e ao ativista David Paixão será tomada pela Embaixada do Uruguai, em Brasilia. Envolvidos na Operação Firewall, da Polícia Civil, eles procuraram hoje (21) abrigo no Consulado-geral do Uruguai, no Rio. Investigados por associação criminosa, Eloisa e mais 22 ativistas tiveram a prisão preventiva decretada na sexta-feira (18). Agentes da Polícia Civil estão nas proximidades do Consulado para prendê-los, caso deixem o prédio.
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Representando o autodenominado Coletivo de Advogados do Rio, Rodrigo Mondego esteve com os dois no consulado. Contou que Eloisa acredita ser perseguida política e teme pela garantia de seus direitos no curso do processo. Quer se defender em liberdade. Para eles, o caso sofre influência política. "Ela está se abrigando no consulado tendo em vista que teve três direitos violados: direito humano à presunção de inocência, a julgamento justo e à liberdade", afirmou.
"Observamos que o direito humano ao jugamento justo é deixado de lado frente a interesses de agentes do Estado de transformar as prisões em panfleto político e colocar medo em que se manifesta contra o governo estadual", criticou Mondego. O processo, com detalhes de atuação dos ativistas, corre em segredo de Justiça.
Em vídeo gravado por militantes do grupo Mídia Ninja, dentro do consulado, a advogada, que tem especialização em Processo Penal, se defendeu das acusações. Afirmou não conhecer parte das pessoas denunciadas e disse que seu único crime é a "atuação na defesa constitucional do direito de manifestação". Em 2013, ela defendeu manifestantes presos em protestos.
Ativistas estão reunidos na frente do consulado do Uruguai. Fazem cartazes e intervenções no trânsito em apoio a Eloisa e David.
Editor:Beto Coura
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