one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Mulheres poderão descer fora da parada no DF

Imagem:

Compartilhar:

Rodoviários e empresários de João Pessoa chegam a acordo preliminar

Criado em 09/07/14 17h46 e atualizado em 10/07/14 09h55
Por Alex Rodrigues Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Após três dias de paralisação, a greve dos rodoviários de João Pessoa (PB) pode estar próxima do fim. Durante nova audiência de conciliação, hoje (9) à tarde, na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PB), representantes dos sindicatos dos trabalhadores e das empresas de transporte público chegaram a um acordo preliminar que, se aprovado pela categoria, significará um aumento de 9% nos salários, retroativo a 1º de julho, e no valor do tíquete-alimentação, entre outros benefícios como equiparação dos salários dos fiscais e despachantes aos dos motoristas.

Leia também no Portal EBC:

Justiça determina que 60% dos rodoviários de João Pessoa trabalhem 

“Faremos uma assembleia às 18h, e o sindicato defenderá a aprovação da proposta. Achamos que a categoria vai aceitá-la. Se isso acontecer, retornaremos ao trabalho a partir da 0h desta quinta-feira (10)”, disse à Agência Brasil o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Coletivos no Estado da Paraíba, Antônio de Pádua Diniz.

Caso a proposta seja recusada durante a assembleia, e os representantes dos trabalhadores e das empresas não cheguem a um acordo, o impasse será julgado pelo Pleno do TRT, em data a ser agendada.

Por força de decisão judicial, parte dos 468 ônibus que circulam durante os dias úteis voltou a circular hoje (9). O que não reduziu a longa espera dos 260 mil usuários do sistema público de transporte da região metropolitana da capital. Mesmo com 274 coletivos operando, não só o tempo de espera aumentou, como os veículos disponíveis andaram lotados durante quase todo o dia. Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), o atendimento aos bairros de maior demanda e às áreas periféricas foi priorizado, mas todas as 88 linhas da capital estão sendo atendidas com maior ou menor intervalo de tempo.

Motoristas, cobradores e funcionários administrativos e da manutenção cruzaram os braços à 0 h de segunda-feira (7) e deflagraram greve por tempo indeterminado. Inicialmente, eles reivindicavam aumento salarial de 14%, tíquete-alimentação de R$ 500,00 por mês e que os empregadores arquem com os custos totais do plano de saúde - hoje, pagos integralmente pelos próprios trabalhadores.

As empresas de ônibus ofereceram, inicialmente, 6,5% de reajuste salarial, mas logo aceitaram conceder 7%, pedindo à categoria mais tempo para negociar outras reivindicações. O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano (Sintur) alegava que as companhias não teriam como conceder aumentos maiores sem reajustar proporcionalmente os preços das passagens. Segundo o Sintur, os encargos pessoais e sociais correspondem a 42% dos custos operacionais das empresas. Além disso, aponta que nos últimos dois anos a categoria recebeu aumentos acima da inflação do período: 10% de reajuste em 2012, quando a inflação foi 4,9%, e 9% em 2013, diante de uma inflação de 6,7%. Hoje, o salário-base de um motorista é R$ 1.515,00.

A volta ao trabalho de pelo menos 60% dos cerca de 5 mil funcionários em greve foi decretada pelo TRT-PB já no primeiro dia da paralisação. O desembargador Ubiratan Delgado não declarou a greve abusiva, mas ameaçou o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Coletivos Rodoviários de Passageiros e Cargas no Estado da Paraíba com multas diárias de R$ 50 mil, caso o mínimo estabelecido de trabalhadores não voltasse ao trabalho imediatamente.

O cumprimento da decisão liminar vem sendo fiscalizado pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP), que notificou as empresas de ônibus e os sindicatos patronais e de trabalhadores sobre a obrigatoriedade de manterem parte da frota operando normalmente. “Reconhecemos o direito de greve desses trabalhadores e somos solidários, mas temos a obrigação de assegurar que o consumidor não seja penalizado”, disse o secretário Helton Renê.

Representantes dos trabalhadores e dos empresários já tinham se reunido na sede do TRT ontem (8) à tarde. Tanto a audiência dessa terça-feira quanto a de hoje foram presididas pelo desembargador Ubiratan Delgado. Foi durante a negociação de ontem que os representantes patronais elevaram para 7% a proposta de aumento salarial, enquanto os trabalhadores aceitaram reduzir o percentual reivindicado para 11%. Como, na ocasião, as partes não chegaram a um meio termo, a audiência terminou sem acordo e a greve foi mantida.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário