one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Autorização de venda para estrangeiro precisa ser solicitada ao Incra e tamanho da área precisa ser justificado

Imagem:

Compartilhar:

Incra diz colaborar para conter fraude bilionária com terras públicas

Criado em 27/11/14 19h25 e atualizado em 27/11/14 20h01
Por Alex Rodrigues Edição:Beto Coura Fonte:Agência Brasil

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) informou hoje (27) que tem fornecido apoio necessário às investigações do suposto esquema de fraude na concessão de lotes em terras públicas destinadas à reforma agrária. Investigado pela Polícia Federal (PF) e alvo da Operação Terra Prometida, o esquema pode ter causado prejuízo de R$ 1 bi aos cofres públicos.

PF cumpre mandados de prisão em terras indígenas do RS e de MS

Em nota, o Incra garante ter fornecido à PF informações e documentos que sustentam o inquérito policial. O instituto informa ter adotado medidas administrativas para que as áreas da reforma agrária sejam ocupadas exclusivamente por assentados ou agricultores familiares. Para identificar os verdadeiros ocupantes dos lotes, o Incra atualiza o cadastro  dos assentamentos, principalmente os existentes há mais de 10 anos.

“Para garantir a efetividade das medidas administrativas - necessárias ao trabalho policial e à punição dos ilícitos -, o Incra designará uma equipe para acompanhar os trabalhos na Superintendência Regional de Mato Grosso, com o objetivo de que as iniciativas sejam plenamente aplicadas”, completa a nota.

Segundo a polícia, o esquema contava com a participação de servidores do instituto e funcionários municipais, além de representantes de entidades de classe e empresários. No total, 222 mandados judiciais são cumpridos em Mato Grosso, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Entre os investigados estão dois irmãos do ministro da Agricultura, Neri Geller, cuja assessoria se apressou a esclarecer que, além de o ministro não ser citado no inquérito policial, não mantém qualquer sociedade empresarial ou negócios com os irmãos.

O inquérito policial que resultou na Operação Terra Prometida foi instaurado em 2010, após denúncias veiculadas pela imprensa a respeito de irregularidades na concessão e manutenção de lotes destinados à reforma agrária. Durante a investigação, a PF concluiu que “uma verdadeira organização criminosa” atuava na região de Lucas do Rio Verde e de Itanhangá, no Mato Grosso.

Formado por fazendeiros e empresários, o grupo adquiria irregularmente ou simplesmente invadia terras da União destinadas à reforma agrária, chegando, em alguns casos, a coagir e ameaçar os reais beneficiários dos projetos governamentais para que vendessem ou abandonassem suas áreas.

As irregularidades eram acobertadas com a obtenção de documentos falsificados e vistorias fraudadas. Além disso, com a participação de servidores do Incra corrompidos, o grupo conseguia inserir informações falsas no Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária (Sipra) – o que permitia a grandes latifundiários e grupos de agronegócio, inclusive empresas multinacionais, a ocupar terras da União.

Além de invadir terras, o grupo é investigado por crime contra o meio ambiente, falsidade documental, estelionato, corrupção ativa e passiva, estando passíveis de penas que podem chegar a até 12 anos de reclusão.

Editor Beto Coura

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário