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Estudantes chegam à UERJ para realização do primeiro dia de provas do Enem 2014.

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UERJ antecipa recesso por falta de pagamento a terceirizados

Criado em 18/12/14 17h32
Por Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro

A falta de recursos para pagar os serviços terceirizados da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), levou o reitor Ricardo Vieiralves de Castro a antecipar  para hoje (18) o recesso de fim de ano dos alunos, que começaria na próxima segunda-feira (22).  Alunos e funcionários que chegaram à UERJ hoje só puderam entrar no campus Francisco Negrão de Lima, no Maracanã, zona norte do Rio, apresentando documento de identificação da faculdade. De acordo com o reitor, o recesso só vai acabar quando o problema estiver resolvido.

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Em comunicado oficial, no site da UERJ, o reitor afirmou que a instituição “está com déficit orçamentário que a impede de honrar vários compromissos”. O déficit é de R$ 23 milhões, conforme o comunicado. Na tarde de ontem (17), funcionários da empresa Construir Arquitetura e Limpeza, que presta serviços de higienização à universidade, fizeram manifestação, espalhando lixo pelo chão do prédio. A categoria reivindica a normalização de salários atrasados há dois meses.

De acordo com o auxiliar de serviços gerais, Ênio Gonçalves, os trabalhadores estão tentando falar com a responsável pelas finanças da UERJ para saber quando o salário será pago.

"Nós estamos fazendo um movimento a respeito do nosso pagamento, que era para ter saído no dia de dezembro, mas não foi feito. Nós fomos à empresa e nos informaram que teríamos que procurar a pessoa responsável pela finança da UERJ. Nós estamos aqui, tentando chegar até ela, mas está um muro que não deixa a gente ultrapassar. Vamos ficar aqui até conseguirmos uma posição sobre o pagamento", disse Gonçalves.

Um grupo de estudantes apoiava os funcionários do setor da limpeza, e o auxiliar de serviços gerais ressaltou que os universitários estão ajudando os trabalhadores. "Eles estão doando alimentos para as pessoas que precisam. Eu achei um ato legal deles, porque estão sendo solidários com a gente e dando um apoio aqui na nossa manifestação", explicou Gonçalves.

O estudante do curso de oceanografia da UERJ, Gabriel Soares, disse que apoia a reivindicação dos funcionários de serviços gerais. "Eu acho que deveriam olhar mais para os funcionários da UERJ, pois eles são primordiais, e porque bate nos trabalhadores de base - aí sim, que dá impacto e efeito. A manifestação de ontem foi tranquila. Apesar de eu discordar de tacar lixo na universidade, concordo com a manifestação e com a luta dos trabalhadores. A limpeza é satisfatória, eu não tenho nada a reclamar deles", avaliou.

Aliado à antecipação do recesso, os alunos temem que o semestre letivo seja ainda mais prejudicado e que nova greve aconteça. Para Soares, se não tiver uma resposta rápida do governo, pode ser que tenha alguma greve no início do ano que vem."Eu não gostaria, pois vai ser um período quase de férias, marcadas para o início de fevereiro. Este ano já foi complicado com a Copa do Mundo, a greve de 2012 que ainda reflete no nosso calendário, mas vamos ver o resultado disso", ressaltou o estudante.

Além do campus Maracanã, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à universidade, também conta com serviços terceirizados dos funcionários de limpeza. Mas, de acordo com o hospital, o problema só atinge a universidade. No hospital, o efetivo de funcionários é de 60%, e está funcionando normalmente sem nenhum serviço cancelado. A Agência Brasil procurou o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, que não se pronunciou sobre o assunto.

 

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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