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Queda se dá pelo terceiro mês consecutivo. Em comparação com agosto do ano passado, inadimplência cresceu 7%

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Taxa de inadimplência cai para 7,7% em fevereiro, mas ainda é elevada

Criado em 26/03/13 13h20 e atualizado em 26/03/13 13h29
Por Kelly Oliveira Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil

Inadimplência cai em agosto
Taxa de inadimplência cai para 7,7% em fevereiro, mas ainda é elevada (Killian Santos/Creative Commons)

Brasília – A taxa de inadimplência do crédito com recursos livres para as famílias chegou a 7,7%, em fevereiro, de acordo com dados divulgados hoje (26) pelo Banco Central (BC). Houve redução de 0,2 ponto percentual em relação a janeiro. No mês passado, a taxa de inadimplência alcançou o mesmo patamar registrado em dezembro de 2011.

Na avaliação do chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, essa taxa ainda é elevada, mas pode indicar uma tendência de queda. “Não é um processo consolidado. É preciso aguardar para ver se isso consolida como uma tendência”, disse.

Maciel acrescentou que a redução da inadimplência não está concentrada em uma modalidade específica. Na avaliação ele, a queda é resultado do aumento da renda da população, o que favorece a capacidade de pagamento. Além disso, a redução das taxas de juros observada no ano passado fez com que o custo da dívida ficasse menor.

Neste início de ano, as taxas de juros voltaram a subir. De janeiro para fevereiro, a taxa de juros do crédito para pessoas físicas, com recursos livres, subiu 0,5 ponto percentual, para 35,1% ao ano. A taxa média de juros para pessoas físicas de todas as operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,2 ponto percentual, para 24,9% ao ano, de janeiro para fevereiro.

“Esse comportamento endossa a ideia de que as taxas de juros, após a queda que durou quase um ano, alcançaram um novo patamar”, disse Maciel.

O aumento dos juros é reflexo da alta da taxa de captação de recursos pelos bancos, que passou de 7,8% para 8,2% ao ano, de janeiro para fevereiro, no total para pessoas físicas e jurídicas. De acordo com Maciel, o custo de captação reflete a percepção dos agentes sobre a conjuntura internacional, a inadimplência, os riscos, a inflação e as perspectivas de taxas de juros. Com a alta da inflação, o mercado financeiro espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC eleve a taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para as taxas de juros.

Maciel também informou que foram mantidas as projeções para o crédito este ano. A estimativa do BC para o crescimento do saldo das operações de crédito este ano é 14%. A expectativa é que o saldo das operações de crédito represente 55% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

No caso do crédito livre (nesse caso, os bancos têm autonomia na destinação dos recursos captados no mercado e as taxas de juros são livremente definidas entre as instituições e os clientes), a projeção de expansão é 13%. Para o crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura), a estimativa de crescimento para este ano é 16%. O crédito dos bancos públicos deve apresentar expansão de 18%; o dos privados nacionais, de 10%; e o dos estrangeiros, de 12%.

Edição: Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

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