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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fala sobre a política monetária no Senado

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Tombini nega passividade do Banco Central ante a inflação

Criado em 02/04/13 15h13 e atualizado em 02/04/13 15h46
Por Kelly Oliveira Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Alexandre Tombini
Segundo o presidente do BC, o governo está agindo desde janeiro, por meio da comunicação ao mercado (Foto: Antonio Cruz/ABr)

Brasília – O Banco Central (BC) não está passivo, “olhando a resistência da inflação”, disse hoje (2) o presidente da instituição, Alexandre Tombini, em audiência pública no Senado. Segundo ele, o BC está agindo desde janeiro, por meio da comunicação ao mercado. Tombini lembrou que foi retirada dos documentos divulgados pelo banco informação segundo a qual a taxa básica de juros (Selic) seria mantida por “período de tempo suficientemente prolongado”.

De acordo com Tombini, essa mudança na comunicação já produziu impactos nas condições financeiras e monetárias. “O Banco Central tem observado resistência da inflação nos últimos meses. Estamos trabalhando já. Comunicação é parte integrante da política monetária”, disse ele.

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A Selic é o instrumento do Banco Central para influenciar a atividade econômica e, por consequência, calibrar a inflação. Com a alta dos preços, o mercado financeiro espera por aumento da Selic ao longo deste ano. A expectativa é que a taxa encerre 2013 em 8,5% ao ano. Mas o mercado não espera por elevação já na reunião deste mês do Copom.

Na audiência, Tombini enfatizou que o Banco Central “não se sujeita a qualquer tipo de pressão” e lembrou que a instituição tem autonomia operacional para definir a Selic.

O presidente do BC foi questionado por senadores sobre declarações feitas na semana passada pela presidenta Dilma Rousseff sobre a inflação. A presidenta disse, na ocasião, que quem fala sobre inflação é o ministro da Fazenda e que é contra medidas de combate à inflação que comprometam o ritmo de crescimento econômico do país. Tombini ressaltou ter esclarecido tais declarações na semana passada, ao dizer que o BC tem autonomia para definir a Selic, se e quando achar necessário. Sobre inflação, “fala a equipe econômica e sobre juros, fala o Banco Central”, acrescentou.

Na audiência, ele falou também sobre o aumento das projeções da instituição para a inflação. “O Banco Central apresenta as suas melhores projeções em relação à inflação. A inflação no primeiro trimestre explica boa parte desse aumento na projeção para o ano”, explicou.

Na última quinta-feira (28), o BC informou que a inflação deve chegar a 5,7% este ano. A projeção ficou 0,9 ponto percentual acima da previsão de dezembro e do centro da meta (4,5%).

De acordo com as projeções do BC, a inflação deve apresentar variação acima do limite superior da meta ao longo deste ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 12 meses, deve chegar ao final do primeiro trimestre em 6,5% e subir para 6,7% no segundo trimestre. Depois, a expectativa é que a inflação diminua para 6% e 5,7% no terceiro e quarto trimestres, respectivamente. Ao final de 2014, a estimativa é que a inflação fique em 5,3%.

Edição: Nádia Franco

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