one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


moedas

Imagem:

Compartilhar:

Saldo negativo das contas externas em julho é o maior para o mês

Criado em 23/08/13 14h35 e atualizado em 23/08/13 14h46
Por Kelly Oliveira Edição:Juliana Andrade Fonte:Agência Brasil

moeda dinheiro dívida
Nos sete meses do ano, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 52,472 bilhões, contra US$ 28,990 bilhões em igual período de 2012 (Jeff Belmonte / Creative Commons)

Brasília – O saldo negativo das transações correntes, que são operações de compra e venda de mercadorias e serviços do país com o resto do mundo, de US$ 9,018 bilhões, em julho, é o mais elevado para o período. A série histórica do Banco Central (BC) começou em 1947.

Nos sete meses do ano, o saldo negativo das transações correntes ficou em US$ 52,472 bilhões, contra US$ 28,990 bilhões em igual período de 2012. Esse resultado correspondeu a 3,95% de tudo o que o país produz – Produto Interno Bruto (PIB). No mesmo período do ano passado, essa relação estava em 2,24%.

Leia também:

Mesmo com alta do dólar, gastos de brasileiros no exterior aumentam

O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, ressaltou que, apesar do crescimento, o saldo negativo decorre, principalmente, do investimento estrangeiro direto. Esse investimento, que vai para o setor produtivo da economia, chegou a US$ 5,212 bilhão, em julho, e a US$ 35,239 bilhões, nos sete meses do ano.

“É a melhor forma de financiar o déficit em transações correntes [por ser de longo prazo]. Mas existem outras fontes que continuam fluindo favoravelmente”, disse Maciel. 

O país também recebeu investimentos estrangeiros em ações negociadas no Brasil e no exterior que registraram ingresso líquido de US$ 269 milhões, em julho, e de US$ 6,547 bilhões, nos sete meses do ano. Também houve investimentos em títulos de renda fixa negociados no país, com ingresso líquido de US$ 4,235 bilhões, no mês passado, e de US$ 15,272 bilhões.

Maciel disse ainda que, se alta do dólar persistir, o déficit em transações correntes tende a se reduzir.  Um dos itens dessa conta de transações correntes é viagem internacional. “Se persistir esse câmbio, é possível que tenhamos reações em algumas contas de transações correntes”, destacou.

Com o dólar em alta, a expectativa é que, nos próximos meses, os gastos de brasileiros em viagens internacionais se reduzam.

Também há estimativa de redução das importações. “As importações de bens de consumo tendem a reagir de forma mais rápida, nos próximos meses”, disse Tulio Maciel.

Segundo Maciel, as remessas de lucros e dividendos ao exterior também tendem a reagir, já que com o dólar mais alto fica mais caro enviar os recursos para fora do país.

Edição: Juliana Andrade

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário