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O Rio de Janeiro produz, por dia, 1,6 milhão de barris de petróleo e 28 milhões de metros cúbicos de gás, o que representa, respectivamente, 73% e 43% da produção brasileira.

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Petrobras não tem como arcar com todo o bônus de Libra, diz Graça Foster

Criado em 18/09/13 14h27 e atualizado em 18/09/13 14h44
Por Pedro Peduzzi Edição:Carolina Pimentel Fonte:Agência Brasil

Graça Foster, presidente da Petrobras
A presidenta da Petrobras, Graça Foster, atrelou o resultado negativo da companhia à depreciação do real em relação ao dólar (Tânia Rêgo/ABr)

Brasília – A presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse hoje (18) que, do ponto de vista econômico e financeiro, não é possível a estatal arcar com 100% do pagamento de R$ 15 bilhões de bônus pelo contrato de partilha de produção de petróleo do Campo de Libra. O leilão de Libra está marcado para o dia 21 de outubro, a disputa será a primeira do pré-sal sob o sistema de partilha. A empresa que vencer o leilão terá que pagar um bônus de assinatura à União de R$ 15 bilhões.

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“Para a Petrobras, 100% de Libra é possível do ponto de vista técnico e operacional. Mas, do econômico e financeiro, não seria possível suportar o pagamento de R$ 15 bilhões de bônus”, disse Foster, durante audiência pública no Senado. Ao final da audiência, ela completou: “100% têm de ser desejo do governo, e não da Petrobras”.

A área a ser licitada tem cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados. Segundo o edital, os ganhadores da licitação deverão desenvolver as atividades de exploração de petróleo por quatro anos, prazo que poderá ser estendido, como prevê o contrato de partilha de produção.

A Petrobras será a operadora única do pré-sal, pelo sistema de partilha, e o edital prevê que a estatal terá direito a 30% do Campo de Libra, na Bacia de Santos. “Tem, portanto, mais 70% que podemos trabalhar na busca de consórcios. A companhia tem um caixa que dá a ela condições de participar e cumprir suas obrigações. Mas antes do dia 21 eu não devo falar de nenhum por cento a mais ou a menos porque certamente é estratégia para o leilão”, disse Graça Foster.

A presidenta reiterou otimismo com o leilão. “Pelas informações que temos, nos sentimos bastante confiantes. Quem perfurou, definiu locação, e teve a locação e autorização para perfurar aprovadas pela ANP? Quem conhece cada milímetro desses 6.300 metros de poço perfurado e dos 380 metros de colunas de hidrocarbonetos tem de se sentir seguro perante a concorrência. A Petrobras se sente segura”, disse.

“Se parecer prepotência, vocês me desculpem. Mas conheço a Petrobras e as áreas de atuação. Não conheço outra empresa tão capaz para fazer e acontecer Libra”, acrescentou. Segundo ela, “Libra é um colosso, e sendo um colosso e nós sendo competitivos, trabalhamos para ter resultados positivos”.

Graça Foster reafirmou não ver razões para o adiamento do leilão em decorrência das denúncias de espionagem da petrolífera por agentes de segurança dos Estados Unidos. “Mas minhas razões e motivações são específicas de uma empresa de petróleo. Razões para adiar ou suspender, só o governo federal as tem”.

A presidenta da Petrobras informou que não pretende rever os contratos entre a estatal e empresas norte-americanas prestadoras de serviços. Segundo ela, há 14 empresas norte-americanas cuidando da segurança da informação; três cuidando da criptografia; e uma responsável por enviar dados ao exterior.

“Não pretendemos rever contratos. São empresas com contratos específicos, para objetos específicos e que não conhecem o conjunto”, disse. “Consideramos o sistema seguro porque é gerido exclusivamente pela Petrobras. As demais empresas enxergam ponto ou partes. O conjunto é prerrogativa da nossa Petrobras”, acrescentou.

Foster disse que não há qualquer decisão tomada sobre aumentar ou não o preço dos combustíveis antes do leilão. “O tempo todo estamos olhando o caixa da companhia e o preço [dos combustíveis] no mercado internacional. É um trabalho diário e constante. Trabalhamos sistematicamente na busca da economicidade da companhia para sermos cada vez mais ativos no negócio. Agora, repito o que informamos ontem à Bolsa [de Valores]: não confirmamos e não há no curto prazo previsão de aumento dos combustíveis”.

Edição: Carolina Pimentel

Creative Commons - CC BY 3.0

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