one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


'Abrace' prevê que índice de redução para consumidores industriais será entre 9% e 16%

Imagem:

Compartilhar:

País terá que investir mais de 20% do PIB para manter crescimento, diz EPE

Criado em 12/08/14 20h16 e atualizado em 12/08/14 20h49
Por Alana Gandra Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, estima que o Brasil viverá um ciclo longo de crescimento moderado da economia, com média de 3,6% a 4% ao ano, até 2050. Mas, para manter esse ritmo, o Brasil terá que aumentar o nível atual de investimentos, de 18% em média do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) para pelo menos 20,5% do PIB, de acordo com o documento Cenário Econômico 2050, divulgado hoje (12) no Rio de Janeiro, pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim.

Confira mais notícias do Portal EBC

O estudo faz parte de uma série de levantamentos que a EPE está produzindo para basear o plano de energia 2050.

Com base no PIB de 2013, que alcançou R$ 4,84 trilhões, significa dizer que os diferentes níveis de governo precisam investir quase R$ 1 trilhão por ano, nos diferentes ramos de atividade, para acompanhar o crescimento natural da população, que deverá ter 226 milhões de habitantes em 2050 pelas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o consequente aumento da demanda por mais consumo de tudo.

Seremos, portanto, 26 milhões de brasileiros a mais que atualmente, e Tolmasquim destaca que o pais passará por grande mudança estrutural nos próximos 35 anos. O documento ressalta, segundo ele, que haverá acentuada evolução do PIB per capita (por habitante), contabilizada em US$ 10,8 mil em 2012, mas pode alcançar algo entre US$ 36 mil e US$ 42 mil em 2050, nos níveis atuais da França e Alemanha.

O documento da EPE calcula que se a expansão do PIB per capita for acompanhada por um processo de distribuição de renda, isso estimulará a inclusão de maior contingente de pessoas na classe média, gerando aumento da demanda de bens de consumo, serviços e energia, com efeitos positivos sobre diversos setores da economia. Para começar, números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores indicam que a frota nacional de veículos leves deve aumentar para 130 milhões de carros em 2050, reduzindo a proporção atual, de 5,4 habitantes por carro, para apenas duas pessoas por carro, como é hoje na Europa.

Tolmasquim observou que a expansão da classe média, além de triplicar a frota de veículos no período em análise, também elevará o número de aparelhos de ar-condicionado (de 23%, em 2013, para 65%) e de lavadoras de roupas (de 68% para 94% das casas), e tudo isso implica em mais consumo de energia elétrica.

Ainda no tocante a investimentos, o estudo da EPE destaca que o setor de infraestrutura terá prioridade nas próximas quatro décadas, devido à necessidade de eliminação dos gargalos logísticos que prejudicam a competitividade dos produtos nacionais. Outros setores que receberão também investimentos significativos são os de educação e inovação, com o objetivo de ampliar a qualificação da mão de obra nacional e a produtividade da indústria. Cita também mais investimentos em habitação e saneamento, petróleo e gás.


Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário