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Homem falando ao celular em via pública

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SindiTelebrasil discorda de UTI sobre tarifas de telefonia e banda larga móvel pré-paga

Criado em 08/10/14 13h13 e atualizado em 08/10/14 13h41
Por Pedro Peduzzi Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Imagem - Acréscimo de um dígito vai dobrar capacidade de números de celulares em São Paulo
Acréscimo de um dígito vai dobrar capacidade de números de celulares em São Paulo (Ministério TIC Colômbia/Creative Commons)

Levantamento feito pelo Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil) indica que, ao contrário do que apontam os estudos anuais divulgados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), os preços pagos pelos serviços pré-pago de telefonia e banda larga móvel, bem como da banda larga fixa pós-paga, estão entre os mais baratos do mundo.

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No caso da telefonia móvel, tanto os estudos da UIT quanto os SindiTelebrasil referem-se apenas a celulares pré-pagos. “A UIT apresentará [até o final do mês] um estudo que não corresponde aos valores cobrados no mercado brasileiro, a exemplo do que acontece todo ano. Isso acontece porque ela [UIT] considera os preços [teto] que estão homologados na Anatel [Agência Nacional de Telecomunicações], e não os do mercado, que envolvem promoções e descontos”, disse o presidente do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

No último relatório da UIT, o custo do minuto para ligações feitas de celulares pré-pagos no Brasil estaria em US$0,74. “Considerando que o brasileiro [que usa os pré-pagos] fala 133 minutos por mês, a conta média paga [no Brasil] seria de R$ 220. Esse valor representa 30% do salário mínimo. Todos sabemos que isso não corresponde à realidade brasileira”, afirmou o presidente do SindiTelebrasil.

Citando estudos feitos em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), Levy disse que o brasileiro gasta, em média, 1% da renda com telefonia móvel, “independentemente de sua faixa de renda”. No levantamento, o SindiTelebrasil conclui que o preço do minuto nos celulares brasileiros equivale a US$ 0,07 – o que corresponderia à quarta tarifa mais barata do mundo, atrás apenas do valor cobrado na China (US$ 0,02), na Índia (US$ 0,03) e na Rússia (US$ 0,05).

“Precisamos desmistificar essa história de que o Brasil tem uma das mais altas tarifas do mundo. O valor real pago pelo brasileiro é R$ 0,15 por minuto”, afirmou Levy. “Por isso, comparamos nossos preços com os pagos em 18 países, a partir de uma metodologia que considera apenas os cobrados, e não os declarados nesses países”, acrescentou.

Além do Brasil, o estudo considera os preços em cinco países latino-americanos (Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México), na Rússia, Índia, China, Austrália, Coréia do Sul, no Japão, nos Estados Unidos, na Espanha, França e Itália, em Portugal e no Reino Unido. Juntos, esses países detêm 55% da população mundial e cerca de 57% dos celulares do mundo.

No caso das bandas largas móvel e fixa, o raciocínio apresentado por Levy é similar. Considerando uma banda pré-paga móvel com consumo de 300 MB, a UIT calcula em US$ 35,80 o valor pago por um plano básico. “Na nossa avaliação, o valor pago é US$ 5,30. Nesse ponto, o Brasil tem o segundo menor preço, acima apenas da Índia [US$1,70]”, argumentou o presidente do SindiTelebrasil.

Em relação à banca fixa, que no Brasil é apenas pós paga, o estudo considera o consumo mínimo de 1GB e velocidade de download superior a 1Mbps. “Nesse caso, os preços também são inferiores aos divulgados pela UIT. Considerando os impostos, segundo a cesta divulgada pela UIT, o custo seria US$ 17,80. Segundo nossos cálculos, esse valor ficaria em US$ 13,20. Ou seja, o Brasil tem a terceira banda larga fixa mais barata do mundo, atrás apenas das da Índia [US$4,5] e da Rússia [US$12,6]”.

Editora: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

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